Paquistão encerra escolas corânicas em Caxemira por receio de ataque indiano

A Caxemira paquistanesa encerrou hoje escolas corânicas, enviando milhares de crianças para casa, depois de a Índia e o Paquistão terem voltado a trocar tiros na região disputada.

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Lusa
01/05/2025 11:13 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Paquistão

Nova Deli considera Islamabade responsável pelo atentado que matou 26 civis em 22 de abril na parte da Caxemira que administra, um ataque que não foi reivindicado.

 

O Paquistão nega qualquer envolvimento no atentado.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, autorizou uma resposta militar ao ataque.

Desde então, o Paquistão afirma ter "informações credíveis" sobre um ataque indiano iminente.

Antecipando a ação militar, a Caxemira paquistanesa fechou 1.100 escolas corânicas durante 10 dias, disse o diretor do Departamento de Assuntos Religiosos local, Hafiz Nazeer Ahmed, à agência de notícias France-Presse (AFP).

Nas 6.000 escolas públicas que ainda estão abertas, as autoridades locais iniciaram há alguns dias uma ação de formação em primeiros socorros.

Pela sétima noite consecutiva, os soldados paquistaneses dispararam hoje contra a Caxemira indiana, segundo o exército da Índia.

Num sinal de tensão crescente, a Índia anunciou na quarta-feira à noite o encerramento do espaço aéreo aos aviões paquistaneses, em resposta a uma decisão semelhante tomada pelo Paquistão em 24 de abril.

O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, apelou à calma das duas potências nucleares, que travaram várias guerras desde a dolorosa divisão em 1947, aquando da partida do colonizador britânico.

Rubio "encorajou a Índia a trabalhar com o Paquistão para reduzir as tensões e manter a paz e a segurança no sul da Ásia", segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce.

O homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, exigiu que aqueles que "perpetraram, apoiaram e planearam" o ataque de Pahalgam sejam "levados à justiça".

A polícia indiana afirmou estar à procura de dois paquistaneses entre os assaltantes.

Islamabade disse estar disponível para participar num "inquérito neutro".

Na Caxemira controlada pela Índia, as forças de segurança têm estado empenhadas numa gigantesca operação para tentar encontrar os autores e respetivos cúmplices do atentado de 22 de abril.

Na região predominantemente muçulmana, intensificaram as detenções e os interrogatórios, tendo já questionado 2.000 pessoas.

Também destruíram nove casas ligadas aos suspeitos do atentado, segundo a AFP.

A polícia indiana divulgou o retrato de três deles, dois dos quais paquistaneses.

Acusa-os de pertencerem a um grupo próximo do movimento jihadista Lashkar-e-Taiba com base no Paquistão, já suspeito dos atentados que mataram 166 pessoas em Bombaim em novembro de 2008.

Leia Também: Índia e Paquistão voltam a trocar tiros em Caxemira apesar de apelos à calma

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