1.º de Maio. Sindicatos italianos exigem mais segurança no trabalho

Os principais sindicatos italianos protestaram hoje em Roma e outras cidades do país, para exigir que o Governo tome medidas para garantir uma maior segurança no local de trabalho e acabar com as mortes de trabalhadores.

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Lusa
01/05/2025 11:34 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

1.º de Maio

As organizações sindicais CGIL, CISL e UIL protestaram em Roma, em Montemurlo (centro), onde um jovem trabalhador morreu em 2021 entre as engrenagens de uma fábrica, e em Casteldaccia (sul), onde cinco outras pessoas morreram ao caírem numa banheira industrial, segundo a agência Efe.

 

O objetivo é denunciar o que consideram "uma sangria" e "um massacre" no local de trabalho, uma vez que, em 2024, o número de mortes nesta área foi de 1.090, mais 5% do que no ano anterior, uma média de quase três por dia, de acordo com dados oficiais.

"É evidente que o Governo não está a cumprir o seu dever, porque o número de mortes no trabalho está a aumentar, não está a diminuir. E estão a aumentar porque os acidentes também estão a aumentar. Estamos perante um verdadeiro massacre que tem de ser travado", insistiu o secretário da CGIL, Maurizio Landini.

A primeira-ministra Giorgia Meloni garantiu que "o emprego é um dos pilares" da ação do seu governo e prometeu mais segurança no local de trabalho.

"Um compromisso concreto que se mantém é o da segurança, com mais recursos, mais controlos e incentivos e um forte impulso em termos de prevenção e formação. Ainda há muito a fazer, mas a direção é clara", afirmou na rede social X.

A secretária da CISL, Daniela Fumarola, que liderou a manifestação de Casteldaccia, argumentou que o problema em Itália não é tanto a quantidade de empregos, mas a sua qualidade, especialmente para as mulheres, os jovens e os pobres do sul.

Do principal partido da oposição a Meloni, o Partido Democrático, a sua líder Elly Schlein apelou ao Governo para que adotasse "gestos concretos" sobre a sua preocupação com o mundo do trabalho, aprovando, por exemplo, a sua proposta de salário mínimo.

Este 1.º de Maio serviu também de prelúdio a uma série de referendos em que os italianos são chamados a votar a 08 e 09 de junho e que propõem a revogação de alguns pontos da polémica Reforma Laboral de 2016, como a eliminação do limite de indemnização em caso de despedimento sem justa causa, entre outras questões.

Leia Também: 1.º de Maio. Pelo menos 180 detidos em manifestação em Istambul

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