O país asiático tem um governo liderado pelo prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus, desde que a ex-primeira-ministra Sheikh Hasina foi deposta numa revolta liderada por estudantes, em agosto do ano passado.
Zia - arquirrival de Hasina - e o Partido Nacionalista do Bangladesh têm pressionado o Governo de Yunus para realizar eleições nacionais em dezembro, para que o país volte ao regime democrático.
Muitos saudaram o derrube de Hasina como uma oportunidade para o regresso a eleições democráticas, mas nos últimos meses surgiram suspeitas e incertezas quanto ao empenho do novo Governo na realização de eleições em breve.
O Governo declarou que as próximas eleições vão ter lugar em dezembro ou em junho do próximo ano, dependendo da extensão das reformas em vários setores.
Multidões reuniram-se no exterior do principal aeroporto de Daca para dar as boas-vindas a Zia.
Acompanhada pelas duas noras, a ex-líder chegou numa ambulância aérea especial, facultada pelo emir do Qatar, o xeque Tamim bin Hamad Al Thani, que também organizou o transporte para Londres em janeiro.
Zia sofre de problemas de saúde graves e há muitos anos que não participa em reuniões públicas. É o filho mais velho, Tarique Rahman, que dirige o Partido Nacionalista como líder interino a partir do exílio, em Londres.
Zia e Hasina têm governado alternadamente o país, enquanto primeiras-ministras, desde 1991, altura em que o Bangladesh regressou à democracia, após a destituição do presidente autoritário H.M. Ershad.
Viúva do antigo chefe militar que se tornou presidente Ziaur Rahman e que foi assassinado em 1981, Zia foi primeira-ministra do país por três vezes, duas vezes por um período completo de cinco anos e uma por apenas alguns meses.
Hasina é filha de Sheikh Mujibur Rahman, que liderou a luta pela independência do Bangladesh contra o Paquistão em 1971.
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