O acordo acontece após semanas de confrontos desencadeados por um atentado a tiro contra turistas no mês passado na zona de Caxemira indiana, pelo qual a Índia culpa o Paquistão.
Este foi o confronto mais grave das últimas duas décadas e fez dezenas de civis mortos de ambos os lados.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, tinha afirmado, hora antes, que a Índia e o Paquistão concordaram com um cessar-fogo, referindo estar satisfeito com o resultado das negociações.
"Parabéns a ambos os países por usarem o bom senso e a inteligência. Obrigado pela atenção dada a este assunto!", escreveu Trump nas redes sociais.
O Paquistão e a Índia "concordaram com um cessar-fogo com efeito imediato", confirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, Ishaq Dar, adiantando que o seu país "sempre lutou pela paz e segurança na região, sem comprometer a sua soberania ou integridade territorial".
Também a responsável das Forças Armadas indiana, Vyomika Singh, anunciou, em conferência de imprensa, que Nova Deli está empenhada na "não escalada [do conflito], desde que o lado paquistanês retribua" a postura.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, falou hoje com as autoridades indianas e com o chefe do exército paquistanês, Asim Munir, e pediu a ambas as partes que encontrem formas de acalmar os ânimos.
Os dois países vizinhos iniciaram um novo conflito armado na sequência de um atentado realizado a 22 de abril em Pahalgam, uma cidade turística na parte indiana da região disputada de Caxemira, no qual morreram 26 pessoas.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar o grupo extremista que responsabilizou pelo ataque, uma acusação que Islamabade negou veementemente.
Depois de várias medidas diplomáticas e uma série de incidentes ao longo da fronteira que separa os dois países em Caxemira, Nova Deli lançou, os dois governos lançaram ataques e bombardearam cidades vizinhas, provocando quase 100 mortos.
Os combates intensificaram-se ao longo dos dias, apesar dos pedidos de contenção militar da comunidade internacional e de o Irão se ter oferecido para mediar conversações entre os dois países vizinhos.
Os dois países, que reivindicam a totalidade da região de Caxemira, têm estado em conflito desde a sua independência em relação ao Reino Unido, em 1947.
[Notícia atualizada às 13h55]
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