Martinelli deixou no sábado a embaixada da Nicarágua no Panamá, onde estava refugiado desde fevereiro do ano passado, depois de o Governo do Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ter concedido asilo político ao antigo responsável, indicou a agência de notícias EFE.
Em fevereiro de 2024, o antigo presidente panamiano foi condenado a mais de 10 anos de prisão por corrupção.
"Aqui em Bogotá, recebi asilo político por ser um perseguido político. Não fazia ideia de como Bogotá é bonita. Agradeço aos Governos da Nicarágua e da Colômbia por me receberem nos seus belos países", declarou Martinelli, de 73 anos, nas redes sociais no sábado à noite, quando chegou ao país vizinho.
Anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Panamá tinha anunciado que o Governo colombiano havia concedido asilo a Ricardo Martinelli.
Em resposta a este pedido, o Governo panamiano "concedeu o salvo-conduto necessário para a saída rápida e segura do requerente de asilo".
Minutos depois, a Colômbia confirmou que tinha concedido "asilo político" a Martinelli, "uma decisão que foi devidamente comunicada ao Governo do país vizinho", indicou a diplomacia colombiana em comunicado.
A decisão da Colômbia pôs fim a uma prolongada disputa diplomática entre o Panamá e a Nicarágua, iniciada em fevereiro de 2024, na sequência da sentença de Martinelli, também condenado a pagar uma multa multimilionária no caso "Novos Negócios", ligado à compra de um conglomerado de 'media' com fundos públicos.
Além do caso "Novos Negócios", Martinelli enfrenta outras acusações no Panamá relacionadas com o escândalo da construtora brasileira Odebrecht e em Espanha por alegado suborno e por um caso de interceção de comunicações em Maiorca.
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