O cardeal norte-americano Timothy Dolan terá tido um papel decisivo na eleição do seu compatriota o cardeal Robert Francis Prevost, o agora Papa Leão XIV.
Segundo o New York Post, que cita a imprensa italiana, o cardeal Dolan foi uma espécie de 'kingmaker' (peça-chave, em português), uma vez que terá mobilizado o apoio no conclave, especialmente, de cardeais de língua inglesa, vindos dos países do antigo império britânico, tal como a Índia e a África do Sul.
A 'campanha' levada a cabo por Dolan fez com que as chances de uma possível eleição do cardeal italiano Pietro Parolin - um dos favoritos - diminuíssem.
Já numa entrevista à Fox News, na sexta-feira, o cardeal Timothy Dolan disse "estar tão chocado como o resto do mundo" quando questionado acerca da eleição de um norte-americano, o Papa Leão XIV.
"Estou a tentar perceber", disse o cardeal norte-americano entre risos, acrescentando que, durante as duas semanas que antecederam o conclave, os cardeais procuraram "conhecer-se uns aos outros" e falaram sobre os desafios que o sucessor do Papa Francisco iria enfrentar.
"E valeu a pena. Quando entramos no conclave, na tarde de quarta-feira, penso que a maioria dos cardeais tinha uma ideia clara sobre o candidato que queriam. E não demorou muito [o conclave]", afirmou Timothy Dolan.
O cardeal revelou ainda que não conhecia Robert Francis Prevost, mas que já tinha ouvido falar acerca da sua reputação como um ouvinte sensível e que vários cardeais olhe fizeram perguntas sobre ele antes do conclave.
"Eu disse: 'E ele, quem é ele?'. Não o conhecíamos como cardeal dos Estados Unidos porque ele passou grande parte da sua vida como missionário no Peru".
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