"[O navio] está a dirigir-se em segurança para a costa israelita. Os passageiros devem regressar aos seus países de origem", declarou o ministério israelita dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
O navio, com doze ativistas franceses, alemães, brasileiros, turcos, suecos, espanhóis e holandeses a bordo, tinha partido de Itália a 01 de junho para "quebrar o bloqueio israelita" em Gaza, onde a situação humanitária é desastrosa após mais de um ano e meio de guerra.
Depois de uma escala no Egito, o Madleen aproximou-se de Gaza, apesar dos avisos de Israel, que tinha dado ordens ao seu exército para o impedir de se aproximar do território palestiniano.
"O Estado de Israel não permitirá que ninguém viole o bloqueio marítimo de Gaza, cujo principal objetivo é impedir a transferência de armas para o Hamas, uma organização terrorista assassina que mantém os nossos reféns e comete crimes de guerra", anunciou no domingo o ministro israelita da Defesa, Israel Katz.
Durante a noite, a Freedom Flotilla Coalition (FFC), que fretou o navio, anunciou a abordagem do navio pela armada israelita.
"Perdeu-se a ligação com o Madleen. O exército israelita entrou a bordo do navio", anunciou a coligação através da rede social Telegram, afirmando que a tripulação tinha sido 'raptada pelas forças israelitas'.
Além de Greta Thunberg, o navio transportava também a eurodeputada franco-palestiniana de esquerda Rima Hassan.
A FFC denunciou ainda a existência de uma "clara violação do direito internacional", insistindo que a abordagem teve lugar em águas internacionais.
"Israel não tem autoridade legal para deter voluntários internacionais a bordo do Madleen", afirmou o diretor da organização, Huwaida Arraf.
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