O navio humanitário onde seguiam 12 ativistas, entre os quais Greta Thunberg, já atracou em Israel, depois de ter sido intercetado pelas Forças de Defesa de Israel quando seguiam a caminho da Faixa de Gaza.
Segundo a Associated Press adianta esta segunda-feira, os ativistas foram detidos, mas, segundo o que adiantou mais cedo o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, vão agora ser encaminhados para os países de origem.
Na rede social X (antigo Twitter), o ministério referiu ao veleiro como o "iate das selfies" e explicou: "Assim que chegarem, serão feitos os processos para que regressem aos seus respetivos países."
No X, o ministro partilhou ainda duas fotografias, das quais uma de Greta Thunberg, já depois de o navio ter atracado.
The ‘Selfie Yacht’ docked at Ashdod Port a short while ago. The passengers are currently undergoing medical examinations to ensure they are in good health. pic.twitter.com/dGOhPxQnYI
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) June 9, 2025
O navio, que partiu de Itália, foi intercetado pelas forças israelitas no domingo à noite, sendo acompanhado até ao porto de Ashdod, a cerca de 40 quilómetros de Telavive. Para além de Greta Thunberg, seguia também a bordo a eurodeputada Rima Hassan.
Os ativistas tinham partido para protestar contra a campanha militar em curso de Israel na Faixa de Gaza, que está entre as mais mortíferas e destrutivas desde a Segunda Guerra Mundial, e as suas restrições à entrada de ajuda humanitária, que colocaram o território de cerca de dois milhões de palestinianos em risco de fome.
Já a Freedom Flotilla Coalitio, que organizou a viagem, acusou Israel de "raptar" os ativistas.
"O navio foi abordado ilegalmente, a sua tripulação civil desarmada foi raptada e a sua carga vital - incluindo leite em pó para bebés, alimentos e material médico - foi confiscada", explicou a organização.
O navio foi intercetado a cerca de 200 quilómetros de Gaza.
O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou quase 55 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
[Notícia atualizada às 21h00]
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