"Estamos profundamente preocupados com os ataques israelitas contra o Irão e com a súbita escalada do conflito militar", afirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Guo apelou a todas as partes para que "tomem medidas imediatas para aliviar as tensões e evitem que a região mergulhe numa agitação ainda maior", defendendo que "a força não pode trazer uma paz duradoura".
"O aprofundamento ou eventual alastramento do conflito entre Israel e o Irão terá como primeiras vítimas os países do Médio Oriente", alertou, acrescentando que a China continuará a "manter a comunicação com as partes relevantes e a promover a paz e o diálogo".
No sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, manteve conversações com os seus homólogos do Irão e de Israel, nas quais condenou o ataque aéreo israelita em território iraniano, que classificou como "violação do direito internacional" com potencial para desencadear "consequências desastrosas".
Wang reiterou, em ambas as chamadas, a oposição da China ao uso da força, defendeu a via diplomática como única solução para a questão nuclear iraniana e voltou a oferecer a mediação de Pequim para evitar uma maior desestabilização no Médio Oriente.
Entre os mortos do lado iraniano, contam-se pelo menos oito oficiais superiores, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte), as centrais de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém. O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
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