Segundo a agência de notícias francesa France Presse, que cita fontes da Defesa Civil de Gaza, morreram 47 pessoas, vítimas de disparos israelitas contra o centro de ajuda humanitária.
Testemunhas palestinianas disseram Associated Press que as forças israelitas dispararam contra a multidão.
Os militares israelitas não responderam às questões colocadas pela Associated Press sobre os alegados disparos ocorridos hoje.
De acordo com a agência de notícias norte-americana, o incidente não parece estar relacionado com a nova rede de distribuição de ajuda apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, a operar desde o mês passado.
Uma testemunha, Yousef Nofal, disse à Associated Press que viu muitas pessoas a sangrar no chão depois de as forças israelitas terem aberto fogo.
Outra testemunha, Mohammed Abu Qeshfa, disse ter ouvido uma forte explosão, seguida de tiros e disparos a partir de carros de combate.
As autoridades sanitárias locais, controladas pelo Hamas, afirmam que foram mortas dezenas de pessoas e centenas ficaram feridas desde a abertura no mês passado de pontos de distribuição de alimentos geridos por um grupo apoiado pelos EUA e Israel.
Nesses casos, os militares israelitas reconheceram nas últimas semanas ter disparado tiros de aviso contra pessoas que se tinham aproximado das forças "de forma suspeita".
Israel afirma que o novo sistema foi concebido para impedir o grupo islamita de desviar a ajuda para se financiar.
As agências das Nações Unidas e os principais grupos de ajuda humanitária negam a existência de qualquer desvio importante de ajuda e rejeitaram o novo sistema, afirmando que não consegue satisfazer as necessidades crescentes em Gaza.
A campanha militar de Israel desde outubro de 2023 já provocou a morte a 55.300 palestinianos, mais de metade dos quais mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Israel lançou a campanha com o objetivo de destruir o Hamas após o ataque do grupo ao sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, em que morreram 1.200 pessoas, na maioria civis, e foram feitos mais de 250 reféns, 53 dos quais ainda nas mãos dos islamitas, sem certeza de quantos estarão vivos.
[Notícia atualizada às 09h56]
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