"Desde o início da escalada militar entre Israel e o Irão, mais de 600 cidadãos de 17 países, incluindo 40 azeris, foram retirados via Azerbaijão", disse a fonte à agência noticiosa France-Presse (AFP) sob anonimato.
As pessoas retiradas incluem americanos, russos, alemães, espanhóis, italianos e até chineses, que "atravessaram a fronteira de Astara", no sudeste do Azerbaijão e na costa do mar Cáspio.
Foram depois levadas para o aeroporto de Baku, capital azeri, e apanharam voos para os seus países de origem.
As fronteiras terrestres do Azerbaijão continuam fechadas desde a pandemia de covid-19 em 2020, mas as autoridades do Azerbaijão decidiram abrir uma exceção temporária para deixar sair os estrangeiros que precisaram de ser retirados do Irão por causa dos ataques israelitas.
A Polónia anunciou hoje que vai retirar o pessoal não essencial da sua embaixada em Teerão também via Baku.
Na segunda-feira, o Turquemenistão, um dos países mais fechados do mundo, também permitiu que 120 pessoas retiradas do Irão passassem pelo seu território, sobretudo cidadãos de países da Ásia Central.
Israel atacou no dia 13 de junho com uma força inédita objetivos militares e do programa nuclear iraniano, argumentando que Teerão não pode chegar a ter armas atómicas.
Segundo o regime iraniano, os ataques de Israel mataram pelo menos 224 pessoas e fizeram mais de mil feridos.
Na retaliação, Irão lançou sucessivos ataques de mísseis contra cidades israelitas, que segundo o Governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, já fizeram pelo menos 24 mortos.
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