Sucessão de Dalai Lama poderá ser abordada na mensagem dos seus 90 anos

O Dalai Lama vai divulgar, no próximo mês, uma mensagem que poderá conter a decisão muito aguardada sobre a sucessão no cargo, anunciou hoje o governo tibetano no exílio.

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Lusa
18/06/2025 19:52 ‧ há 4 horas por Lusa

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A mensagem do líder religioso, nascido Tenzin Gyatso, deverá ser divulgada a 02 de julho, poucos dias antes do 90.º aniversário, que será celebrado a 06 de julho perante uma enorme multidão no norte da Índia, onde se refugiou desde que saiu do Tibete em 1959 para fugir dos soldados chineses.

 

O vencedor do Nobel da Paz em 1989 tinha já declarado que este aniversário também seria uma oportunidade para incentivar a população a preparar-se para o futuro e também perguntar-se se quer um novo Dalai Lama, instituição cuja continuidade conta com amplo apoio entre os tibetanos no exílio.

Muitos tibetanos temem que a China nomeie um sucessor para Tenzin Gyatso para reforçar o controlo sobre um território para onde enviou tropas em 1950.

Penpa Tsering, que foi eleito democraticamente para chefiar o governo no exílio por 130.000 tibetanos de todo o mundo e que está sediado em McLeod Ganj, uma cidade indiana nos Himalaias, anunciou que os mais altos dignitários religiosos tibetanos, ou lamas, iam reunir-se a 02 de julho.

"Haverá uma breve reunião de todos os principais lamas, cerca de nove", disse Pepa Tsering aos jornalistas, acrescentando que, em seguida, terá início um encontro de caráter religioso.

"Na abertura da conferência religiosa, será transmitida uma mensagem em vídeo" do Dalai Lama, acrescentou, sem dar pormenores.

O líder religioso tibetano já garantiu que, se houver "um consenso" sobre "a manutenção da instituição do Dalai Lama", o gabinete do Dalai Lama, em McLeod Ganj, será responsável pelo reconhecimento do sucessor que, sublinhou, terá necessariamente de "nascer no mundo livre".

Aquele que os budistas tibetanos consideram a 14.ª reencarnação do mestre escolhido pelos monges em 1391 afirma não procurar a independência total do Tibete, mas sim uma maior autonomia.

Em 2011, renunciou às funções políticas, passando o testemunho do poder secular a um governo.

No entanto, a China considera o líder religioso tibetano, reconhecido pela comunidade internacional, como rebelde e separatista, enquanto ele se descreve como um "simples monge budista".

O atual Dalai Lama foi designado em 1936, quando, aos 2 anos, reconheceu objetos do antecessor.

Leia Também: EUA pedem libertação de líder budista tibetano desaparecido há 30 anos

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