Conversações nucleares? Diplomatas europeus reúnem-se com Irão na Suíça

Diplomatas europeus de alto nível vão realizar conversações nucleares com o Irão em Genebra, na sexta-feira, de acordo com a agência de notícias norte-americana AP que contactou um funcionário europeu "familiarizado com o assunto".

Bandeira Suíça

© Reuters

Lusa
18/06/2025 23:36 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

O funcionário, que não estava autorizado a comentar publicamente e pediu anonimato, segundo a AP, disse que "altos funcionários" de Alemanha, França e Reino Unido, assim como "o principal diplomata" da União Europeia se reunirão na Suíça.

 

Também o Conselho de Segurança das Nações Unidas agendou para sexta-feira uma reunião sobre o conflito entre Israel e o Irão, a pedido de Teerão, anunciou a presidência deste órgão.

Segundo fonte diplomática citada pela AFP, a reunião do Conselho da ONU, agendada para sexta-feira às 10:00 locais (15:00 de Portugal continental), foi solicitada pelo Irão, um pedido apoiado pela Rússia, China e Paquistão.

Presidido este mês pela Guiana, o Conselho de Segurança realizou uma reunião de emergência na semana passada, logo após Israel atacar o Irão em 13 de junho.

Ao sexto dia de guerra, o líder supremo iraniano, o 'ayatollah' Ali Khamenei, recusou uma rendição dos iranianos e advertiu para "danos irreparáveis" se os Estados Unidos intervierem no conflito com Israel.

"A nação iraniana opõe-se firmemente a uma guerra imposta, tal como se oporá firmemente a uma paz imposta. Esta nação nunca se renderá à imposição de quem quer que seja", afirmou Khamenei, numa declaração lida na televisão estatal.

A segunda aparição pública de Ali Khamenei desde o início dos ataques israelitas, há seis dias, ocorreu quando Israel levantou algumas restrições à vida quotidiana, sugerindo que a ameaça de mísseis do Irão estava a diminuir.

Khamenei falou um dia depois do Presidente dos EUA, Donald Trump, ter exigido numa publicação nas redes sociais que o Irão se rendesse incondicionalmente e avisou Khamenei de que os EUA sabem onde ele está, mas não têm planos para o matar, "pelo menos por agora".

 Trump inicialmente distanciou-se do ataque surpresa de Israel na sexta-feira que desencadeou o conflito, mas nos últimos dias ele deu a entender um maior envolvimento americano, dizendo que quer algo "muito maior" do que um cessar-fogo. Os EUA também enviaram mais aviões militares e navios de guerra para a região.

Num discurso em vídeo dirigido aos israelitas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agradeceu o apoio de Trump no conflito, chamando-lhe "um grande amigo de Israel" e elogiando a ajuda dos EUA na defesa dos céus de Israel.

Israel justificou o ataque alegando ter informações de que Teerão se aproximava do "ponto de não retorno" para obter uma bomba atómica, que poderia usar para destruir o estado judaico.

O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e 'drones' contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.

O Presidente Donald Trump está a ponderar a aprovação para que os militares dos EUA se juntem a Israel na realização de ataques ao programa nuclear do Irão.

Leia Também: Israel-Irão? "Questão delicada" mas "pode ser encontrada solução"

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