EUA querem diplomacia focada nos negócios e mais empresas em África

Troy Fitrell, que discursava na cerimónia de abertura da 17.ª edição da Cimeira Empresarial EUA-África.

Angola: 17.ª Cimeira de Negócios Estados Unidos da América - África

© Lusa

Lusa
23/06/2025 13:58 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

África

O diretor do Gabinete de Assuntos Africanos do Departamento de Estado norte-americano garantiu hoje que a diplomacia económica dos EUA está focada no setor privado e na criação de oportunidades de negócio em África, destacando Angola como exemplo de transformação.

 

Troy Fitrell, que discursava na cerimónia de abertura da 17.ª edição da Cimeira Empresarial EUA-África, que decorre em Luanda até quarta-feira, sublinhou o seu vínculo pessoal com o país onde se sente em casa.

"Vim pela primeira vez há 25 anos e Angola mudou muito. Pensem em como era há 25 anos agora e vejam que estão numa trajetória espantosa", afirmou.

"Às vezes focamo-nos no negativo e temos de olhar para o positivo. Quando olhamos para o que Angola fez nos últimos 25 anos é espantoso e isso reflete tudo o que tem acontecido no continente. África não é o mesmo lugar de há 25 anos e as relações também evoluem", destacou.

O responsável recordou que os EUA apresentaram recentemente, em Abidjan, uma nova estratégia comercial para o continente, adaptada ao contexto atual. "Fizemos isso porque o mundo mudou, os EUA mudaram, os mercados mudaram, as economias são muito diferentes do que eram há 25 anos", explicou, justificando a mudança de abordagem na diplomacia económica.

Fitrell enfatizou que as embaixadas norte-americanas devem atuar em função dos resultados junto do setor privado: "As nossas embaixadas trabalham para vocês, setor privado. É por aí que avaliamos os nossos embaixadores, pela forma como vos apoiam. Se os nossos embaixadores não nos trazem acordos empresariais e novas oportunidades de negócios e crescimento económico sustentável, perguntem-lhes porquê. Devem estar a oferecer-nos oportunidades todos os dias".

Acrescentou ainda que os Estados Unidos trabalham de perto com as câmaras de comércio e os empresários numa "verdadeira parceria".

Como prioridade, apontou os investimentos em infraestruturas que incluem também a modernização digital: "Precisamos de investimento maciço em infraestruturas. Normalmente pensamos em estradas, redes elétricas, mas não podemos esquecer o digital. Não podemos participar na economia moderna sem ter uma arquitetura digital moderna e segura".

O responsável norte-americano lembrou que, nesta cimeira, os EUA trouxeram "quase mil empresários" e que a aposta em missões comerciais vai continuar para trazer mais empresas americanas para fazer negócios em África.

Destacou ainda o papel das agências governamentais e outras instituições como a US International Development Finance Corporation (DFC), a instituição norte-americana de financiamento para o desenvolvimento, o EximBank e o Departamento de Comércio, que devem também ser mais rápidas.

Fitrell concluiu reforçando que o modelo de negócios "à americana" é benéfico e útil para África, salientando que está focado na tecnologia, inovação e força de trabalho. "Investir no capital humano é a maneira americana de fazer negócios. Temos um objetivo comum e estamos juntos. Esta é uma grande oportunidade - vamos fazer negócios esta semana e nos próximos anos", reforçou.

Leia Também: Teerão acusa EUA de traírem diplomacia ao atacar território iraniano

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas