O Ministério da Educação da Guiné-Bissau tem programada para agosto a realização de exames nacionais a título experimental, em mais uma tentativa de introduzir no sistema de ensino a avaliação contestada nas escolas.
Para a experiência foram apenas selecionadas algumas escolas, segundo disse hoje o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Herry Mané, à margem do primeiro Congresso Internacional do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau.
O país já experimentou realizar exames nacionais em 2021, entre contestação, e este ano retoma a iniciativa, também com protestos, nomeadamente sobre a diferença dos conteúdos ministrados nas diferentes escolas.
O titular da pasta da Educação aceita que "as escolas têm dinâmicas diferentes", mas rejeita a alegada diferença nos conteúdos.
Herry Mané assegura que "antes do início das aulas todas têm as mesmas orientações do Ministério da Educação, se não for cumprido, o culpado não é o Ministério da Educação".
Ainda assim, afirmou que o gabinete dos exames nacionais vai fazer uma ronda por todas as escolas para elaborar uma prova que seja igual para todos.
O ministro explicou que foram selecionadas algumas escolas para fazer este ano os exames a título experimental e que, no próximo ano letivo, a medida será alargada a todo o sistema de ensino.
Segundo do governante, trata-se de uma diretriz da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA), organização da qual a Guiné-Bissau faz parte.
"A Guiné faz parte da UEMOA, que tem essas diretrizes, tem regras. Uma das regras é haver exames nacionais em todos os países que fazem parte, têm que fazer exames nacionais", enfatizou.
Leia Também: Guineenses no Irão pedem apoio para sair do país devido à guerra