"O Programa do Governo (PSD/CDS-PP) vai cumprir aquilo que os madeirenses expressaram democrática e maioritariamente nas urnas" nas eleições regionais de 23 de março, disse.
Segundo o social-democrata, "os madeirenses querem estabilidade, querem tranquilidade, querem um governo que governe para o quadro legislativo de quatro anos, que neste caso em concreto será de quatro anos e meio".
Albuquerque, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do Programa PhD Empresas da ARDITI, considerou que os madeirenses e porto-santenses demonstraram que "não embarcavam em conversas populistas, em aventurismos e muito menos em situações que não correspondem àquilo são as necessidades prementes de desenvolvimento da região".
O Programa do XVI Governo Regional que vai entregar à presidente do parlamento madeirense, Rubina Leal, acrescentou, "vai refletir aquilo que são os compromissos da maioria" e será debatido entre dias 06 e 08 de maio.
Nas eleições regionais de 23 de março, o PSD conseguiu eleger 23 deputados num universo de 47 parlamentares, assegurando depois a maioria absoluta através de um acordo parlamentar e de governo com o eleito do CDS-PP, o ex-presidente da Assembleia Regional José Manuel Rodrigues, que ocupa agora o cargo de secretário da Economia do executivo madeirense.
A Assembleia Legislativa da Madeira é ainda constituída por 11 deputados do JPP, que passou a liderar a oposição na regional, lugar quase sempre ocupado pelo PS, que perdeu três lugares e tem agora uma representação de oito elementos. O Chega elegeu três parlamentares e a IL um.
As eleições antecipadas foram convocadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois da aprovação de uma moção de censura ao Governo Regional, que fez cair um executivo pela primeira vez na história do parlamentarismo da Madeira.
O Chega justifica a moção com os processos judiciais envolvendo membros do executivo, inclusive Miguel Albuquerque, arguido num caso que investiga suspeitas de corrupção.
No início de 2024, depois de ter sido constituído arguido, o social-democrata, que governa a região desde 2015, demitiu-se e foram realizadas outras eleições antecipadas, em maio, após as quais liderou um executivo minoritário.
As regionais de março passado foram as terceiras regionais no espaço de um ano e meio.
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