Gonçalo Lopes (PS) afirmou na reunião de Câmara de hoje que a resposta de Leiria, "globalmente, foi positiva", mas admitiu que "há sempre coisas a limar".
Tendo em conta a falta de abastecimento de água em algumas zonas do concelho de Leiria, o autarca admitiu que o sistema dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) "precisa de ter mais robustez para ser totalmente autónomo".
"Precisamos de 75 geradores", revelou, frisando que este é um dos "pontos a reforçar", assim como "ter mais geradores de prevenção".
Respondendo ao vereador independente eleito pelo PSD Álvaro Madureira, o presidente afirmou que "há vulnerabilidades" que terão de ser analisadas e será elaborado um "mapa de resiliência em relação à capacidade energética", para que seja possível "ter capacidade de gerar um conjunto de respostas numa situação destas".
Para Gonçalo Lopes, a resposta da autarquia foi "rapidíssima e não falhou", apesar de entender que há necessidades a serem ultrapassadas: "Mais geradores, melhor comunicação e fornecimento mais rápido de combustíveis".
Apesar das dificuldades, o autarca disse que contou com o apoio de vários parceiros económicos e de empresas da região, que cederam geradores e disponibilizaram autotanques de combustível.
"Ficou visível que também temos de ter uma preocupação com as comunicações, que colapsaram. Temos de encontrar soluções para chegar à comunicação com os presidentes de junta e às unidades locais de proteção civil", assegurou.
O vereador da Proteção Civil, Luís Lopes, garantiu que as comunicações de emergência "nunca falharam dentro do concelho de Leiria durante todo o apagão".
"O [rede] SIRESP esteve sempre em funcionamento até ao restabelecimento da energia", afirmou, ao informar que houve o reabastecimento pontual de água a hospitais, lares e estruturas agropecuárias.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Leia Também: Finalistas de escola de Gaia trocam avião por autocarros no regresso