Centenas em Maputo na missa em homenagem a português assassinado

Centenas de pessoas juntaram-se hoje na Igreja de Santo António da Polana, em Maputo, para uma missa em homenagem a José Pedro Alves da Silva, português que morreu após ser baleado na sexta-feira em Maputo.

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Lusa
05/05/2025 15:35 ‧ há 5 horas por Lusa

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Maputo

"Eu trabalhava diretamente com ele diretamente. Ele era um bom administrador, alguém que, na sua liderança, nunca se imaginaria a empresa a ir a falência", declarou à Lusa Joana Zefanias, uma funcionária da "SOTUBOS", empresa que era administrada por José Pedro Alves da Silva.

 

José Pedro Alves da Silva morreu, baleado no peito dentro da sua viatura por desconhecidos, que seguiam num outro carro, por volta das 13:00 locais (menos uma hora em Lisboa) na cidade da Matola, arredores da capital moçambicana.

A polícia moçambicana disse à Lusa, na sexta-feira, que o português foi vítima de uma tentativa de roubo, afastando a hipótese de uma tentativa de rapto e avançando que a vítima trazia consigo elevadas somas de dinheiro quando foi baleada.

Em sua homenagem, durante a missa de hoje Maputo, os trabalhadores decidiram lembrar, numa mensagem espantada em camisetas, a principal frase de José Pedro Alves da Silva na "SOTUBOS": "Continuaremos a evoluir a 1% por dia".

"Ele dizia para nós que temos de melhorar 1% em cada dia", lembrou Joana Zefanias, ostentando a camisa com a frase e a cara de José Pedro Alves da Silva.

"O que eu tenho a dizer é muito obrigado: ele vai fazer muita falta. É daquelas pessoas que nos puxava sempre para o trabalho, fazia-nos querer aprender mais e eu agradeço porque foi através dele que eu tive pão na mesa", declarou outra colega de José que preferiu anonimato.

Os primeiros dados da investigação indicam que José Pedro Alves da Silva foi atingido por uma bala disparada por uma pistola, mas as autoridades admitem não dispor de "muitos detalhes sobre os autores do disparo".

"Já encetamos as nossas linhas operativas para identificar e neutralizar os indivíduos envolvidos neste crime bárbaro", disse à Lusa, na sexta-feira, Cláudio Armando, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Maputo.

A vítima morreu quando estava a ser transportada para o Hospital José Macamo, na capital moçambicana, Maputo.

O português era administrador da SOTUBOS, uma conhecida empresa de venda de tubos e material de construção, propriedade do pai, que está em Portugal.

José Pedro Alves da Silva era filho do antigo presidente do Sporting de Braga Alberto Silva, que em 2019 foi nomeado embaixador do clube para a África Austral.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu as condolências aos familiares de José Pedro Alves da Silva.

A primeira-ministra de Moçambique assegurou, no domingo, à Lusa que a morte de José Pedro Alves da Silva está a ser investigada, endereçando, também, condolências à família da vítima.

Leia Também: "Montantes avultados". Quem era português morto em Maputo? Que aconteceu?

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