Em comunicado, os conselheiros consideram que, o dia 28 de abril, "quando todo o país ficou sem energia elétrica, provou, se dúvidas houvesse, a importância da rádio como meio de comunicação essencial, em cenários de catástrofe ou emergência".
Este é "um facto que o Conselho de Opinião da RTP reconhece, desde sempre, tendo, por diversas vezes, alertado para a necessidade de rever e aprofundar os protocolos com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil", sendo que, "depois do apagão, essa recomendação torna-se imperiosa", salienta o órgão.
O investimento "na rádio pública deve agora ser encarado como um imperativo de segurança nacional", reitera o CO da RTP.
"Naquela segunda-feira, sem eletricidade, com falhas de Internet e depois completamente sem rede ou telefones, só as ondas hertzianas de frequência modelada, o FM, quebraram o isolamento", com os repórteres da Antena 1 a relatarem o que se estava a passar no país naquele dia.
"A partir das 16:00, quando todas as estações da rádio pública entraram em simultâneo com a Antena 1, foi possível alargar ainda mais o alcance e a prestação do serviço ao público. O facto de ainda existir uma rede própria de emissores foi determinante para garantir esta cobertura", prossegue o Conselho de Opinião.
"A rádio cumpriu a sua missão junto da sociedade civil, apesar dos sucessivos adiamentos dos planos de modernização tecnológica" e o "profissionalismo e a proatividade dos profissionais da rádio, que são cada vez menos, desde jornalistas, produtores, animadores e técnicos foi essencial para garantir 12 horas de emissão contínua", aponta o órgão.
"Também a colaboração das diferentes direções: informação rádio, programação rádio e engenharia, sistemas e tecnologia, foi fundamental para o sucesso da operação", acrescenta o Conselho de Opinião, que "elogia, louva e reconhece o esforço de todos os profissionais da RTP com o destaque para a rádio pública, que, segundo o presidente do Conselho de Administração da RTP, Nicolau Santos, teve 'um dia de glória' a 28 de abril".
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