Montenegro diz estar "muito entrosado" com Passos no objetivo reformista

O presidente do PSD defendeu hoje que o reformismo é a "essência do PSD" e recusou qualquer polémica com Pedro Passos Coelho, afirmando que estão "muito entrosados" no objetivo de estar à altura dos 51 anos do PSD.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
06/05/2025 16:27 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Legislativas

No final de um almoço com oito ex-líderes do partido, na sede nacional em Lisboa, para assinalar o aniversário do partido, o presidente do PSD Luís Montenegro foi questionado sobre as palavras do seu antecessor que, nesta ocasião, disse aos jornalistas que não basta estabilidade e pediu ao partido para fazer justiça à sua tradição reformista.

 

"Não vale a pena estarem a procurar aqui uma polémica, nós estamos muito entrosados no objetivo de estarmos à altura destes 51 anos de história do PSD, projetados para o futuro, responsabilidade, estabilidade e capacidade reformista", afirmou Luís Montenegro.

Aliás, quando questionado sobre as declarações do antigo primeiro-ministro, Montenegro começou por responder: "É isso mesmo".

"É, sobretudo, a expressão daquilo que é a essência do PSD. O PSD é um partido confiável, é um partido que assegura a estabilidade e a interpretação da vontade política do povo e, ao mesmo tempo, nunca está satisfeito no sentido em que quer a transformação, quer o reformismo, quer a projeção do futuro", afirmou.

Montenegro considerou até que o que Passos Coelho disse "é relativamente simples de explicar".

"Eu estou absolutamente de acordo com ele, e acho que ele falou às portuguesas e aos portugueses para, no processo de reflexão e amadurecimento da sua posição, poderem, no fundo, pesar o peso da estabilidade, o peso do trabalho feito e também de quem mostra que quer mudar as coisas", disse.

Para Montenegro, nas eleições de 18 de maio estão em causa "duas grandes propostas políticas", a da AD e a do PS.

"A proposta política da AD tem esse espírito reformista de transformação, de evolução, de aproveitamento de todo o potencial do país. E temos, do outro lado, o PS que simplesmente se preocupa com a gestão do dia-a-dia e apresenta uma visão relativamente aos próximos anos, que é, basicamente, deixar tudo na mesma para ter resultados piores", considerou.

O antigo líder do PSD Passos Coelho pediu hoje que o partido continue a sua "tradição reformista" e que o país "não se alheie" do que se passa no mundo.

Para o antigo primeiro-ministro, tal exige "evidentemente, estabilidade política", mas não apenas: "É preciso que exista, verdadeiramente, um espírito reformista que possa estar ao serviço dessa estabilidade", disse, sem nunca responder se a AD ou Luís Montenegro têm essas características.

Sobre a situação internacional, Montenegro admitiu que se vive atualmente "um tempo desafiante".

"Um tempo em que a Europa olha para si e tenta ultrapassar os seus constrangimentos ao nível do crescimento da economia, ao nível da salvaguarda do Estado Social, ao nível das responsabilidades que tem de assumir do ponto de vista da segurança coletiva, da defesa", disse.

O PSD juntou hoje quase todos os ex-líderes do partido num almoço na sede nacional, no dia em que os sociais-democratas assinalam 51 anos, numa ocasião em que só não estiveram presentes, por razões de saúde, Francisco Pinto Balsemão e Rui Machete, além de Durão Barroso.

Estiveram no almoço Cavaco Silva, Passos Coelho, Rui Rio, Luís Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite, Fernando Nogueira, Luís Filipe Menezes e Pedro Santana Lopes.

No final, Montenegro cosniderou que o almoço "correu muito bem" e "foi uma excelente oportunidade" para poderem "confraternizar, conversar, fazer análise da situação política", mas também recordar alguns momentos do que o PSD fez nos últimos 51 anos e projetar o que pretende para o futuro.

"Os partidos, é bom que se tenha isso em linha de conta, são instrumentos para nós podermos expressar, através da nossa linha identitária e matriz ideológica, as nossas propostas para a cada momento, com as circunstâncias de cada momento, melhorar a vida das pessoas e olhar com esperança para o futuro", vincou.

[Notícia atualizada às 16h34]

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