BE questiona Bruxelas sobre ausência de regime europeu para palestinianos

A eurodeputada do Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje a Comissão Europeia sobre a ausência de um regime europeu de acolhimento para refugiados palestinianos, com o partido a endereçar uma pergunta semelhante ao Governo português.

catarina martins

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
17/06/2025 16:52 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Bloco de Esquerda

"Na sequência de diversos pedidos de apoio que têm recebido, as deputadas do Bloco de Esquerda, Catarina Martins e Mariana Mortágua, decidiram questionar, respetivamente, a Comissão Europeia e o Governo português sobre a ausência de respostas, nomeadamente a ausência de programas de acolhimento dos refugiados palestinianos", indica o BE em comunicado.

 

Ao nível da UE, o BE critica que, "face à tragédia" em Gaza devido à ofensiva israelita, a resposta comunitária seja "insuficiente ou marcada por um duplo padrão inaceitável".

"A União Europeia ainda não criou qualquer regime comum de proteção ou acolhimento para refugiados palestinianos", apenas se limitou a "prorrogar autorizações anteriormente concedidas, sem estabelecer novas vias de entrada segura, evacuação ou recolocação" e, além disso, "não existem dados públicos sobre o número de palestinianos efetivamente acolhidos pelos Estados-membros desde o início da ofensiva israelita", critica o partido na mesma nota.

Para a eurodeputada bloquista, Catarina Martins, "esta é uma situação totalmente incompreensível".

"As organizações da sociedade civil desdobram-se no apoio a quem pede ajuda para evacuação de Gaza, incluindo [retirada] de menores e para cuidados urgentes de saúde. Sabemos que Israel despreza o direito humanitário internacional, mas isso não apaga as responsabilidades das entidades europeias e do Governo", adianta a eleita do Parlamento Europeu, citada pela nota.

Catarina Martins perguntou à Comissão Europeia que medidas a instituição está a tomar para o acolhimento coordenado de refugiados palestinianos, se está prevista a criação de um regime europeu de proteção temporária para refugiados palestinianos à semelhança do adotado para os deslocados da Ucrânia e como se justifica a falta de uma resposta comunitária à crise humanitária em Gaza.

"Já não há dúvidas de que se encontra um genocídio em curso" na Palestina por parte de Israel, frisa.

Por seu lado, a deputada única do BE na Assembleia da República, Mariana Mortágua, defende, na pergunta ao Governo português, que a "urgência humanitária exige uma resposta igualmente célere, justa e coerente".

"Não há vidas de primeira e de segunda", adianta, lamentando que em Portugal ainda não tenham sido adotadas medidas como as criadas para os refugiados ucranianos, para permitir a regularização imediata, o reagrupamento familiar e o acesso a direitos fundamentais.

A posição surge numa altura em que se registam mais de 55 mil mortos e mais de 127 mil feridos desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, em outubro de 2023, ao mesmo tempo que se calcula que cerca de 500 mil pessoas estejam em risco de fome severa, com dezenas de civis mortos ou feridos enquanto esperavam ajuda humanitária nas últimas semanas.

Leia Também: Bloco de Esquerda vai votar "a favor da moção de rejeição do PCP"

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