Uma despedida sem brilho, mas com honra. FC Porto venceu (3-0), na tarde de sábado, o Nacional na 34.ª e ´´ultima jornada da I Liga, que permitiu aos dragões assegurarem o 3.º lugar na classificação e ainda a entrada direta na Liga Europa na próxima temporada.
No Estádio do Dragão, o coletivo portista desbloqueou o nulo logo no primeiro minuto de jogo, com Martim Fernandes, novidade no onze, a tirar um cruzamento ao qual Francisco Moura correspondeu com uma cabeçada potente para o fundo das redes.
A partir de então, foram os insulares a dispor das melhores ocasiões de golo, mas todas foram travadas por um enorme Diogo Costa, que até defendeu uma grande penalidade - pela 12.ª vez na carreira- cobrada por Joel Tagueu (11').
Na segunda parte, a expulsão de Zé Vítor (66') acabou por facilitar o jogo aos locais, que consumaram ainda mais a superioridade em campo. Samu (69', g.p) e Rodrigo Mora (83') selaram o último triunfo do FC Porto em competições internas. Vem aí o Mundial de Clubes, nos Estados Unidos.
Vamos aos destaques
A figura
Que bela exibição de Diogo Costa. A época 2024/25 não foi fácil para o guardião internacional português, de 25 anos, vítima da pouca coesão (e qualidade) da defesa e não só. Ainda assim, terminou a época da melhor forma, com grandes defesas, que foram fulcrais para garantir o objetivo mínimo do FC Porto. O futuro parece ser uma incógnita, dado que existem clubes da Premier League interessados nos serviços do camisola 99.
Surpresa
Francisco Moura continua a evidenciar sinais de crescimento. Proveniente do Famalicão, o lateral/ala chegou esta época ao Dragão e demorou a corresponder às exigência de um clube grande. No entanto, o jogador, de 25 anos, foi sempre nota constante no onze azul e branco, tendo registado 4 golos e 11 assistências. Em 2025/26, será interessante ver a sua evolução.
Desilusão
Aos 66 minutos, o defesa-central Zé Vítor deitou por terra as esperanças do Nacional na segunda parte, após agarrar Samu dentro da área. O brasileiro evidencia dificuldades no controlo da profundidade e terá de melhorar esse aspeto no futuro.
Os treinadores
Martín Anselmi não abdica do trio de centrais e optou pela adaptação do habitual lateral-direito Martim Fernandes. A equipa teve uma entrada forte em jogo, mas bem pode agradecer a Diogo Costa por ir para o intervalo em vantagem. Na segunda, parte, a expulsão de Zé Vítor facilitou a tarefa dos dragões, que souberam tirar proveito da superioridade numérica.
Tiago Margarido fez cinco mudanças em relação ao último onze e a equipa deixou uma boa imagem durante a primeira parte, ameaçando, por diversas vezes, o empate. Na etapa complementar, os insulares foram obrigados a recuar linhas e o resultado foi dilatando. A pesada derrota não apaga um 2024/25 marcado pelo principal objetivo alcançado: a permanência no principal escalão.
Arbitragem
José Bessa realizou uma exibição tranquila no Dragão. Em momentos de dúvida, o juiz da AF Porto recorreu ao VAR, que assinalou uma grande penalidade a favor e contra o FC Porto.