Apagão: 11 comboios ainda retidos em Espanha com passageiros a bordo

O ministro dos Transportes de Espanha indicou hoje que 11 comboios continuam retidos no país com passageiros a bordo, quase dez horas depois do início do apagão generalizado que paralisou toda a Península Ibérica.

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© Javier Mostacero Carrera/Getty Images

Lusa
28/04/2025 22:20 ‧ há 10 horas por Lusa

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Apagão

Madrid, 28 abr 2025 (Lusa) - O ministro dos Transportes de Espanha indicou hoje que 11 comboios continuam retidos no país com passageiros a bordo, quase dez horas depois do início do apagão generalizado que paralisou toda a Península Ibérica.

"Outros onze comboios precisam de ajuda. A energia elétrica acaba de ser restabelecida no centro de controlo da estação de Atocha, em Madrid", referiu Oscar Puente na rede social X.

Posteriormente, Puente adiantou que já estão ligados os centros de comando de Atocha e Chamartín da empresa de gestão de infraestruturas ferroviárias ADIF e o centro de controlo operacional da Renfe e que os sistemas estão a ser implementados.

A empresa ferroviária espanhola Renfe anunciou hoje que abriu várias das suas estações pelo país para permitir que os passageiros pernoitem nas mesmas.

Permanecerão abertas durante toda a noite as estações de Madrid, Barcelona, Bilbau, Valência, Sevilha, Córdoba, Saragoça, Valladolid e Málaga.

A REN -- Redes Energéticas Nacionais confirmou hoje um corte generalizado no abastecimento elétrico em toda a Península Ibérica e avançou que estão a ser ativados os planos de restabelecimento por etapas do fornecimento de energia.

O apagão registou-se às 11:30 de Lisboa.

Cerca de 51% das subestações elétricas de Espanha têm já energia após o apagão de hoje e o abastecimento está a ser restabelecido "em todas as zonas" do país, incluindo na região de Madrid, disse a distribuidora Red Eléctrica.

Segundo a empresa espanhola, às 20:35 locais (19:35 em Lisboa), estava restabelecido o equivalente a 35% da procura de eletricidade no território continental de Espanha (9.200 megawatts).

"Está ser reposto o abastecimento de maneira progressiva em todas as zonas elétricas do território", divulgou a Red Eléctrica, numa informação publicada nas redes sociais.

Segundo a empresa, o abastecimento de eletricidade começou a ser reposto já em todas as regiões autónomas de Espanha continental, incluindo Madrid e zonas da cidade capital de Espanha.

Após o apagão, que ocorreu por volta das 11:30 de Lisboa, a Red Eléctrica espanhol anunciou que o restabelecimento do abastecimento levaria entre seis e dez horas.

Por volta das 18:00 locais (17:00 em Lisboa), o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que o abastecimento de eletricidade em todo o país se concretizaria "em breve" e garantiu que se desconhecem as causas do corte de energia.

Segundo Sánchez, houve hoje "uma forte oscilação, em termos técnicos, no sistema elétrico europeu, que desencadeou a interrupção do abastecimento em toda a Península Ibérica e algumas zonas do sul de França", mas não existe ainda "informação conclusiva sobre os motivos deste corte", não descartando qualquer hipótese.

Sánchez falava em Madrid, na sede do Governo espanhol, numa declaração ao país após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança de Espanha.

Apesar do impacto do apagão, sobretudo na circulação de comboios (que está totalmente parada em Espanha), nos metropolitanos das cidades (que em casos como o de Madrid continua fechado) e no trânsito rodoviário em zonas urbanas, pela falta de semáforos, não se registaram até agora problemas de proteção civil ou segurança, garantiu o chefe do Governo.

Segundo Sánchez, todos os hospitais estão também a funcionar e foram acionados serviços de apoio domiciliário e outros a pessoas com necessidades especiais.

Depois de insistir várias vezes em que se desconhecem as causas do apagão, Sánchez apelou à responsabilidade dos espanhóis e alertou para a desinformação que está a circular.

Em concreto, pediu aos cidadãos para seguirem apenas "informação oficial" e para não partilharem outra, de "duvidosa procedência".

O líder do Governo espanhol pediu ainda para serem reduzidas "ao mínimo" as deslocações e para haver uma "utilização responsável do telemóvel", com chamadas curtas, atendendo às perturbações nas comunicações, sem recurso à linha de emergência 112, a menos que seja "realmente necessário".

PDF (MP) // MDR

Lusa/Fim

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