Pelo menos cinco pessoas terão morrido na sequência do apagão que assolou Portugal e Espanha, na segunda-feira.
Três membros de uma família morreram devido à inalação de monóxido de carbono, alegadamente proveniente de um gerador, em Tabuadela, na província espanhola de Ourense, de acordo com o El País.
A Guardia Civil está a investigar a morte do casal e do seu filho, que foram encontrados esta manhã, em casa. As autoridades e os especialistas do Instituto Galego de Medicina Legal estão a tentar apurar se a família morreu devido ao mau funcionamento de um gerador ou de um aparelho a combustível.
O mesmo meio adiantou que uma mulher de 46 anos que se encontrava em casa ligada a uma máquina que lhe fornecia oxigénio morreu depois de o aparelho ter ficado sem eletricidade, em Alzira, em Valência.
As autoridades foram acionadas pelas 13h00, uma vez que a mulher, que tinha uma doença pulmonar, tinha deixado de respirar. Os agentes tentaram realizar manobras de reanimação cardiopulmonar por cerca de 30 minutos, até à chegada dos meios de socorro, mas não surtiram efeito.
Por seu turno, uma outra mulher morreu num incêndio que terá sido provocado por uma vela, em Madrid. Pelo menos 13 pessoas foram assistidas pelos meios de socorro e cinco foram transportadas para uma unidade hospitalar.
Recorde-se que o apagão deu-se às 11h33 de Lisboa, na segunda-feira, e não há ainda uma explicação oficial para o ocorrido.
Os governos de Portugal e Espanha anunciaram hoje comissões técnicas independentes para apurar os motivos do apagão e deram conta de que vão pedir relatórios e uma auditoria à União Europeia.
A empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha descartou a possibilidade de o apagão ter sido provocado por um ciberataque à companhia, enquanto o governo de Espanha disse que se mantêm em aberto todas as hipóteses.
Segundo o diretor de operações da empresa Red Elétrica de Espanha (REE), Eduardo Prieto, na segunda-feira foi identificado "um elemento compatível com uma perda de geração" no sudoeste do país "que foi superado satisfatoriamente", mas 1,5 segundos depois ocorreu um segundo, coincidindo com o momento do apagão.
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