Primeiro-ministro romeno demite-se após derrota do candidato presidencial

O primeiro-ministro romeno, o social-democrata Marcel Ciolacu, anunciou hoje a sua demissão da chefia do Governo, após o candidato apoiado pela coligação no poder ter sido eliminado da corrida às presidenciais.

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© DANIEL MIHAILESCU/AFP via Getty Images

Lusa
05/05/2025 17:42 ‧ há 4 horas por Lusa

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Roménia

"Tendo em conta os resultados do escrutínio, esta coligação já não é legítima, por isso demito-me", anunciou Ciolacu aos jornalistas, depois de participar numa reunião do Partido Social Democrata (PSD), que governa em coligação com o Partido Nacional Liberal (PNL, centro-direita) e a União Democrática dos Húngaros da Roménia (UDMR).

 

O populista George Simion venceu a primeira volta das eleições presidenciais romenas com 40% dos votos, passando à segunda volta, marcada para 18 de maio, com o independente Nicusor Dan, que teve perto de 21% dos votos.

O candidato apoiado pela coligação governamental, Crin Antonescu, disputou o segundo lugar com Dan, mas acabaria por ser derrotado por uma diferença de cerca de 80 mil votos.

O chefe do Governo apresentou a demissão ao Presidente interino, Ilie Bolojan, e propôs aos colegas sociais-democratas abandonar o executivo, que deixará assim de ter a maioria necessária no Parlamento.

Para evitar o caos, os ministros do partido vão desempenhar o papel de "guardiões" até à formação de um novo governo após a segunda volta das eleições presidenciais, segundo a imprensa romena, citada pela agência de notícias AFP.

Após as eleições legislativas de dezembro, Marcel Ciolacu, 57 anos, manteve-se à frente do Governo, na sequência de um acordo destinado a servir de baluarte contra a ascensão da extrema-direita -- que detém 40% dos assentos parlamentares - e a apresentar um candidato único às eleições presidenciais.

Mas, ao ficar em terceiro lugar, o homem de consenso, Crin Antonescu, quebrou um dos pressupostos do acordo de coligação, que era o de apresentar um candidato comum para vencer as presidenciais.

Esta decisão agrava a crise política em que o país já estava mergulhado, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional de anular a primeira volta das eleições presidenciais realizadas em novembro passado, por alegada interferência russa destinada a favorecer um candidato, Calin Georgescu, que venceu essa votação, mas que foi depois impedido de voltar a concorrer.

[Notícia atualizada às 17h54]

Leia Também: Roménia. Observadores apontam falhas de supervisão da campanha

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