"Não vale a pena iniciar negociações ou examinar novas propostas de cessar-fogo enquanto a guerra da fome e a guerra de extermínio na Faixa de Gaza continuarem", declarou à agência France-Presse (AFP) Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas.
"O mundo deve pressionar o Governo de Netanyahu para pôr fim aos crimes de fome, sede e assassínio" em Gaza, acrescentou.
As declarações surgem um dia depois de o Governo israelita ter anunciado uma nova campanha militar na Faixa de Gaza, que prevê a conquista do território.
A Faixa de Gaza, onde os habitantes foram deslocados várias vezes, está sob um bloqueio de Israel desde 2 de março e atravessa uma grave crise humanitária.
O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Baçal, afirmou hoje que três palestinianos foram mortos na sequência de bombardeamentos israelitas durante a madrugada em diferentes partes da Faixa de Gaza.
O exército israelita retomou a ofensiva no enclave a 18 de março, pondo fim a uma trégua de dois meses.
A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel a 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas raptadas, 58 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita. O Hamas mantém também os restos mortais de um soldado israelita morto durante uma guerra anterior em Gaza, em 2014.
A campanha de retaliação israelita fez pelo menos 52.567 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
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