"Estou orgulhoso de os Estados Unidos terem sido capazes de os ajudar a tomar esta decisão histórica e heroica. Embora não tenha sido discutido, vou aumentar substancialmente o comércio com estas duas grandes nações", escreveu Donald Trump numa mensagem publicada na rede social Truth Social, da qual é proprietário.
Aludindo ao histórico conflito na região de Caxemira, principal ponto de confronto entre Índia e Paquistão desde a independência dos dois países do Império Britânico, em 1947, Trump acrescentou que vai trabalhar para tentar chegar a uma solução, "depois de 'mil anos'".
As duas potências nucleares chegaram a um cessar-fogo na sexta-feira com a mediação dos Estados Unidos, referiu Trump numa outra publicação.
Sobre a trégua, Trump disse estar "muito orgulhoso da liderança firme e inabalável da Índia e do Paquistão" para pôr fim ao conflito, que "podia ter causado a morte e a destruição de tantas pessoas".
Pelo menos 98 pessoas morreram durante os atuais confrontos entre a Índia e o Paquistão, que começaram a 22 de abril, na sequência de um ataque terrorista na Caxemira administrada pela Índia, que matou 26 pessoas e pelo qual Nova Deli culpou Islamabade.
A crise agravou-se na passada quarta-feira, quando a Índia bombardeou alegadas bases terroristas no Paquistão. Islamabade acusou o país vizinho de bombardear populações civis, matando 31 pessoas e ferindo mais de 40.
O cessar-fogo foi confirmado pelos dois países, mas apesar da trégua, a Índia e o Paquistão acusaram-se mutuamente de violar o cessar-fogo na mesma noite.
A Índia e o Paquistão estavam na lista de países aos quais os EUA pretendiam aplicar "tarifas recíprocas" - assim chamadas por Washington - superiores a 10%.
Embora tenham acabado por ser temporariamente suspensas, ascendiam a 29% no caso do Paquistão e a 26% no caso da Índia.
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