O Hamas revelou, este domingo, que irá libertar o refém israelo-americano, Edan Alexander, que se encontra em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023, adiantou a Reuters, citando um alto funcionário do grupo islâmico.
Uma fonte disse à Reuters que o refém poderá ser libertado já esta terça-feira, dia 13 de maio. Acredita-se que Alexander seja o último refém com nacionalidade americana ainda vivo.
Por sua vez, o alto funcionário do Hamas afirmou que a libertação do jovem faz parte dos esforços do grupo islâmico para alcançar um acordo de cessar-fogo e permitir que a ajuda humanitária entre em Gaza.
Em comunicado, o chefe exilado do Hamas em Gaza, Khalil al-Hayya, contou que os esforços para facilitar a liberação foram realizados em conjunto como Qatar, Egito e Turquia.
O movimento diz-se "disposto a iniciar imediatamente negociações intensivas e a envidar sérios esforços para chegar a um acordo final sobre o fim da guerra, a troca de prisioneiros (reféns israelitas por prisioneiros palestinianos), a gestão da Faixa de Gaza por um organismo profissional independente, com o objetivo de garantir a manutenção da calma e da estabilidade durante muitos anos, bem como a reconstrução e o fim do cerco".
Edan Alexander, de 21 anos, foi capturado durante o ataque de 07 de outubro, quando servia numa unidade de elite perto de Gaza.
Em 15 de abril, o Hamas declarou ter perdido o contacto com o grupo que mantinha o refém em Gaza na sequência de um ataque israelita.
Das 251 pessoas raptadas em Israel durante os ataques de 07 de outubro de 2023, 58 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.
A 07 de outubro de 2023 um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita causou cerca de 1.200 mortos e o grupo fez mais de duas centenas de reféns. Israel respondeu com ataques sobre Gaza que já causaram mais de 52 mil mortos e uma destruição quase total das infraestruturas do pequeno território, controlado pelo Hamas desde 2007.
Note-se ainda que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá viajar até ao Médio Oriente, esta semana.
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