As autoridades locais referem, em comunicado, que a decisão de prender o secretário-geral adjunto do Chadema, Amani Golugwa, foi tomada na sequência de "informações confidenciais" que indicavam que "Golugwa saía e regressava regularmente ao país sem respeitar os procedimentos legais em vigor".
O deputado deveria ter-se deslocado a Bruxelas para representar o partido numa conferência da União para a Democracia Internacional (UID, centro-direita).
Golugwa, detido na segunda-feira, encontra-se "atualmente na esquadra central da polícia" em Dar es Salaam, afirmou a porta-voz do Chadema, Brenda Rupia.
A UID condenou a "detenção ilegal" e apelou à sua libertação imediata, afirmando que "silenciar as vozes da oposição viola os próprios fundamentos da democracia".
Este é o último incidente que tem como alvo os membros do Chadema, o principal partido da oposição neste país da África Oriental, que vai realizar eleições em outubro.
No mês passado, o presidente do partido, Tundu Lissu, foi detido e acusado de "traição", um crime punível com a morte, e o partido foi excluído do escrutínio, e no sábado, Golugwa denunciou o desaparecimento de um apoiante do Chadema que, segundo o partido, tinha sido raptado por agentes da polícia.
O Chadema acusa o Governo da Presidente Samia Suluhu Hassan, que foi inicialmente saudada por ter aliviado as restrições que o seu antecessor tinha imposto à oposição e aos meios de comunicação social, de cair nas práticas autoritárias do anterior chefe de Estado da Tanzânia, país com 67 milhões de habitantes.
Leia Também: Presidente moçambicano escolhe Tanzânia para primeira visita de Estado