Donald Trump acredita que Irão assinará "acordo" nuclear com EUA

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou hoje que o Irão irá acabar por assinar um acordo nuclear com os Estados Unidos e que será insensato caso o regime de Teerão não o faça.

presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,

© Chip Somodevilla/Getty Images

Lusa
16/06/2025 23:37 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Nuclear

Depois de se ter reunido com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na cimeira do G7, que decorre até terça-feira na cidade canadiana de Kananaskis, Trump afirmou que está "em contacto constante" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a falar "com toda a gente".

 

"Dei 60 dias ao Irão, e eles disseram que não. E ao 61.º dia, viram o que aconteceu", apontou, referindo-se ao ataque israelita às instalações nucleares, militares e científicas iranianas, que matou oficiais militares e cientistas iranianos de alto nível.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém e o conflito em curso já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados.

"Penso que o acordo será assinado ou algo acontecerá, mas será assinado um acordo", insistiu, antes de acrescentar que o Irão "está basicamente na mesa das negociações" e "querem chegar a um acordo", apesar de o ataque israelita ter forçado a suspensão de uma nova ronda de negociações entre Washington e Teerão, marcada para domingo.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão e negociador-chefe para o nuclear, Abbas Araghchi, frisou hoje que os ataques israelitas contra o seu país "representam um golpe" na diplomacia.

"A agressão israelita contra o Irão durante negociações [sobre questões nucleares com os Estados Unidos] é um golpe na diplomacia", sublinhou Abbas Araghchi durante uma chamada telefónica, divulgada pelo seu ministério, com os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, do Reino Unido, David Lammy, da Alemanha, Johann Wadephul, e da União Europeia (UE), Kaja Kallas.

Estes três países e a UE são membros, juntamente com a China e a Rússia, de um acordo nuclear concluído em 2015, do qual os Estados Unidos se retiraram unilateralmente.

O chefe de Estado norte-americano evitou hoje a questão se queria uma mudança de regime no Irão.

"O que eu quero é que o Irão não tenha armas nucleares, e estamos a caminho de o conseguir", garantiu.

Questionado sobre a imposição de novas sanções à Rússia, devido à guerra na Ucrânia, como deseja a União Europeia (UE), Trump mostrou-se relutante: "Veremos. A Europa ainda não o fez", explicou.

"As sanções custam muito dinheiro aos Estados Unidos. Não é assim tão fácil", acrescentou, embora tenha afirmado que "o dinheiro não é a questão".

"Todas as semanas, morrem 5.000 jovens, tanto russos como ucranianos. Se conseguirmos impedir isto, ficarei muito feliz", salientou, depois de reiterar as suas críticas ao seu antecessor, o democrata Joe Biden, pela "estupidez" de permitir a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Leia Também: Donald Trump demite responsável da agência de segurança nuclear dos EUA

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