Benjamim Netanyahu apela a iranianos: "Temos um inimigo comum"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou hoje ao povo iraniano para que se insurja contra a "tirania" no poder, afirmando que em breve terá "uma oportunidade de ser livre", numa entrevista ao canal Iran International.

primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,

© RONEN ZVULUN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
17/06/2025 00:00 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

Uma "luz foi acesa, levem-na para a liberdade", afirmou Netanyahu na entrevista ao canal em Londres.

 

Nesta entrevista de 13 minutos, o primeiro-ministro israelita insistiu que o povo iraniano não é um "inimigo".

"Temos um inimigo comum e estamos a combatê-lo com determinação, e acredito que em breve terão a oportunidade de ser livres", acrescentou.

"É o mal contra o bem, e é tempo de as pessoas certas se levantarem com as pessoas certas - as pessoas certas no Irão e as pessoas certas em todo o mundo - contra esta loucura que nos está a ser imposta a todos por esta tirania", disse Netanyahu.

Na sexta-feira, Israel lançou uma campanha aérea de grande, sem precedentes, contra o Irão, visando centenas de instalações militares e nucleares, com o objetivo declarado de impedir o país de construir armas nucleares.

 Desde então, o Irão tem disparado salvas de mísseis em resposta.

"Sei que o Irão pode recuperar a sua grandeza. O Irão foi uma grande civilização, e esta violência teológica que tomou o vosso país como refém não durará muito tempo", afirmou.

Numa outra entrevista, o primeiro-ministro israelita afirmou, também hoje, que os bombardeamentos contra o Irão atrasaram o programa nuclear iraniano "por muito, muito tempo" e defendeu que a ofensiva militar em curso vai "mudar a face do Médio Oriente".

Em videoconferência de imprensa, Benjamin Netanyahu indicou que não pretende derrubar o regime de Teerão, que comparou a "um cancro", mas disse que não ficaria surpreendido se isso acontecesse, ao mesmo tempo que não descartou o assassínio do líder supremo iraniano, Ali Khamenei.

"Vamos fazer o que for necessário", declarou ao ser questionado sobre essa possibilidade.

Numa entrevista divulgada à estação norte-americana ABC, foi mais concreto, sustentando que a morte de Khamenei "não levará a uma escalada do conflito, acabará com o conflito".

Os iranianos estão a descobrir que "o regime é muito mais fraco" do que pensavam, observou Netanyahu na conferência de imprensa, acrescentando que as Forças de Defesa de Israel estão a eliminar os altos comandantes militares do Irão "um por um".

Israel está a mudar "a face do Médio Oriente" com os ataques ao Irão, considerou o primeiro-ministro israelita, depois de detalhar o que apresentou como uma série de sucessos desde o início da operação militar na madrugada de 13 de junho.

Netanyahu indicou que as autoridades israelitas estão "bem coordenadas com os Estados Unidos", após a diplomacia de Teerão ter defendido que o Presidente norte-americano, Donald Trump, pode parar o conflito "com um único telefonema" e abrir caminho para o diálogo.

"Não me surpreende que o Irão queira acabar com a guerra, porque estamos a atacá-los de forma decisiva. Estamos a ir com toda a força", respondeu.

Por outro lado, Netanyahu foi questionado sobre falta de envolvimento do Reino Unido e da França na defesa de Israel dos ataques iranianos, referindo que falou com os respetivos líderes e "há vontade de ajudar".

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.

Leia Também: "Contacto estreito". Rubio e Kallas discutem conflito no Médio Oriente

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