"Mesmo aqueles que se identificam como membros das agências de segurança do regime expressam medo, desespero e raiva pelo que está a acontecer no Irão e pedem-nos para contactar as autoridades israelitas para que o Irão não sofra o mesmo destino do Líbano e de Gaza", escreveu o Exército, numa mensagem em língua persa na rede social X.
"Não somos a autoridade competente para este tipo de pedidos. Mas o mínimo que podemos fazer é encaminhá-lo para o 'site' da Mossad. Talvez aí encontrem uma nova forma de melhorar a sua situação", acrescentaram as autoridades militares israelitas.
Desde o início da guerra que o Exército israelita e outras autoridades, como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, têm apelado diretamente aos iranianos, alegando que a sua operação permitirá a sua libertação do regime.
Além disso, fontes de segurança israelitas reconheceram que a Mossad está a operar dentro do Irão durante esta guerra.
Na sexta-feira passada, pouco depois de Israel ter lançado os seus primeiros ataques aéreos contra a nação persa, estas fontes alegaram que a Mossad tinha colocado lançadores de 'drones' no seu território, que foram utilizados na primeira vaga de ataques.
"O regime não sabe o que lhe aconteceu, nem o que lhe vai acontecer. Nunca esteve tão fraco. Esta é a oportunidade de se levantarem e fazerem ouvir as vossas vozes", disse Netanyahu, numa mensagem de vídeo partilhada pelo seu gabinete.
Israel começou a bombardear o Irão na manhã de sexta-feira, destacando os avanços no programa nuclear da República Islâmica e a ameaça representada para o país pela sua produção de mísseis balísticos.
Desde então, as suas aeronaves têm atacado infraestruturas militares (sistemas de defesa aérea, depósitos de mísseis balísticos, etc.) e centrais nucleares (Natanz, Isfahan e Furdu), mas também membros da Guarda Revolucionária iraniana e cientistas nucleares.
No Irão, os ataques fizeram cerca de 585 mortos, de acordo com a ONG iraniana Hrana, sediada nos EUA.
Em Israel, lançamentos de mísseis iranianos mataram 24 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
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