Trump avisa: Paciência com iranianos "está a esgotar-se"

O presidente norte-americano avisou hoje que a paciência com o regime iraniano "está a esgotar-se", mas não deu indicações se tenciona atacar o Irão, que está em guerra com Israel desde 13 de junho.

donald trump

© ALLISON ROBBERT/AFP via Getty Images

Lusa
18/06/2025 16:29 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

"Talvez o faça, talvez não. Ninguém sabe o que vou fazer", declarou Donald Trump, a propósito da possibilidade de entrar no conflito ao lado de Israel.

 

Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, Donald Trump confirmou contactos das autoridades iranianas com Washington, depois do início dos ataques aéreos israelitas.

"Eu disse que era muito tarde para discutir (...) Há uma grande diferença entre agora e há uma semana, não é?", referiu o Presidente norte-americano, acrescentando que as autoridades iranianas "até sugeriram ir à Casa Branca", numa proposta que descreveu como corajosa, porque "não é fácil para eles fazerem isto".

Trump lamentou que as negociações com Teerão tivessem sido interrompidas "à última hora", em alusão à saída do processo de diálogo do executivo iraniano, logo após o início dos primeiros ataques israelitas, quando estava prevista para domingo uma nova ronda de negociações sobre o programa nuclear.

"Posso dizer o seguinte: o Irão tem muitos problemas e quer negociar. E eu perguntei-lhes: 'Porque é que não negociaram comigo antes?'", disse o líder dos Estados Unidos, ao adicionar que os iranianos "estão totalmente indefesos" e sem proteção aérea.

Trump voltou à imagem do Irão como um "'bully' de recreio na escola" e mencionou que "há 40 anos que [os iranianos] dizem 'Morte à América', 'Morte a Israel', morte a qualquer um de quem não gostem".

O Presidente norte-americano abandonou abruptamente a cimeira do G7 no Canadá na segunda-feira para regressar à Casa Branca e avaliar com o Conselho de Segurança Nacional a situação no Médio Oriente.

Anteriormente, dera 60 dias à República Islâmica para negociar um acordo nuclear e, ao 61.º, Israel começou a bombardear instalações de enriquecimento de urânio no Irão e vários alvos militares.

Trump referiu-se ainda à mensagem que publicou na terça-feira nas redes sociais, dirigida a Teerão, na qual escreveu "rendição incondicional", observando que apenas significava que o Irão estava a chegar ao ponto de dizer "não aguento mais, rendo-me".

Voltando à metáfora do recreio da escola, observou ainda que os iranianos "já não são 'bullies'", sem sinalizar nenhuma decisão sobre uma intervenção militar: "Veremos o que acontece".

Os ataques israelitas causaram pelo menos 232 mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear, segundo dados oficiais.

O Irão ripostou com bombardeamentos que provocaram 24 mortos em Israel, de acordo com as autoridades de Teerão.

Leia Também: Juíza decide que governo Trump não pode limitar géneros nos passaportes

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