Portugal apoia Moçambique na capacitação de farmacêuticos

A Ordem dos Farmacêuticos de Portugal vai apoiar a capacitação de farmacêuticos em Moçambique, na criação de programas de comunicação sobre a importância destes profissionais e do uso correto de medicamentos, foi hoje anunciado.

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Lusa
23/06/2025 10:36 ‧ há 3 horas por Lusa

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A Ordem dos Farmacêuticos de Portugal vai apoiar a capacitação de farmacêuticos em Moçambique, na criação de programas de comunicação sobre a importância destes profissionais e do uso correto de medicamentos, foi hoje anunciado.

 

"Serão ações de formações contínuas, workshops, seminários e alguns cursos online ou presenciais dependendo da matéria e natureza dessa formação e também divulgação de informações para a sociedade", disse a presidente da Associação dos Farmacêuticos de Moçambique (Afarmo), Bélia Muchanga, em declarações à Lusa.

O protocolo assinado em Maputo é um entendimento para a colaboração entre a Afarmo, a Autoridade Nacional Reguladora de Medicamento (Anarme) e a Ordem dos Farmacêuticos de Portugal, sendo que este último vai ajudar os profissionais de Moçambique no desenvolvimento de ações concretas para a regulamentação do setor, conforme avançado também por Bélia Muchanga.

"O que a Ordem [dos Farmacêuticos de Portugal] vai fazer é passar toda a experiência que tem no processo de divulgação de informações para a sociedade e essas formações contínuas. E esses programas serão preparados em conjunto, não se vai fazer traspasse do que é em Portugal para Moçambique, temos que ter em conta a realidade", explicou a presidente da Afarmo.

Além de capacitar os profissionais de Moçambique na criação de programas específicos de comunicação para rádio e televisão, incluindo as plataformas digitais, Portugal vai ajudar o país em matérias de consciencialização sobre a importância do farmacêutico e do uso racional de medicamentos, incluindo o combate à automedicação.

Bélia Muchanga disse também que faz parte do protocolo a ajuda na elaboração de mensagens educativas a serem partilhadas nas unidades sanitárias sobre as mesmas matérias.

Além de presidir a Afarmo, Bélia Muchanga assumiu no ano passado a presidência da Associação dos Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP), que integra mais de 400 mil profissionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, países membros.

Entre os principais desafios do setor a nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Muchanga adiantou que está em destaque a harmonização curricular bem assim o incentivo para a adesão ao curso em alguns países em que se notou pouca procura.

"Todos os países membros têm realidades completamente diferentes nos seus sistemas de saúde, mas o profissional deve desenvolver as mesmas ações em todos estes países, por isso passamos por fazer esta avalização curricular por forma a padronizar tecnicamente estes profissionais", disse a responsável.

Para o caso específico de Moçambique, Muchanga apontou como maior desafio a ausência de cursos de especialização: "isso limita o farmacêutico. Ter formações específicas iria facilitar a integrar-nos ainda mais a nível do próprio sistema nacional de saúde".

Defendeu igualmente que, em Moçambique, há registo de problemas de acesso a oportunidades de emprego para farmacêuticos e outros relacionados com a Tabela Salarial Única (TSU).

Muchanga espera uma melhor abordagem após o lançamento do estudo em curso sobre a condição do farmacêutico no país e a formalização da Ordem moçambicana dos profissionais.

Moçambique não tem ainda uma Ordem dos Farmacêuticos, mas a Afarmo e a Aname estão a avançar na criação dos estatutos para assegurar a sua formalização até 2026, ano em que o país vai acolher um congresso dos farmacêuticos da CPLP.

A Associação dos Farmacêuticos de Moçambique (Afarmo) conta com 250 associados, num total de 1.700 farmacêuticos registados na Autoridade Nacional Reguladora de Medicamento (Anarme), conforme dados avançados por Bélia Muchanga.

Leia Também: Reestruturação na LAM é para "prosseguir noutras empresas"

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