Israel atacou, esta segunda-feira, uma prisão iraniana, onde estavam detidos membros pertencentes à oposição do regime do Irão.
“Avisámos o Irão vezes sem conta: parem de atacar os civis! Eles continuaram, incluindo hoje de manhã. A nossa resposta: Viva a liberdade!”, escreveu, na rede social X [antigo Twitter], o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar.
Num vídeo partilhado pelo governante, é possível ver o momento da explosão, junto ao estabelecimento prisional de Evin, em Teerão. A prisão de Evin, saliente-se, é um símbolo da repressão do regime dos Ayatollahs, o atual regime iraniano, nascido com a Revolução Islâmica de 1979, altura em que se modificou profundamente a estrutura de poder no país.
Ataques destruíram também o famoso 'Relógio da Destruição'
O ministério da Defesa de Israel confirmou ainda uma série de bombardeamentos sobre diversos alvos, entre os quais se encontram postos da Guarda Revolucionária e o quartel das milícias de Basij.
Outros dos ataques visou o conhecido ‘Relógio da Destruição’, infraestrutura edificada em Teerão e que faz a contagem sobre o fim de Israel. Inaugurado em 2017, este mostrava uma espécie de contagem regressiva até o fim do estado judaico.
“Atualmente, as Forças de Defesa de Israel estão a atacar com força sem precedentes alvos do regime e órgãos de repressão governamental no coração de Teerão”, indicou o ministério da Defesa em comunicado.
O ministro responsável por esta pasta, Israel Katz, disse ainda que os ataques visam restabelecer a “defesa da pátria, suprimindo ameaças e mantendo a estabilidade do regime”.
Conflito intensifica-se e teme-se guerra à escala mundial
O conflito entre Israel e o Irão entrou hoje no seu 11.º dia, marcado pelo intensificar dos ataques, sobretudo depois de os EUA terem, na noite de sábado, decidido entrar no conflito, atacando as instalações nucleares iranianas de Fordo.
O complexo nuclear em causa com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizado a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão, cuja área metropolitana tem uma população de 14 milhões de pessoas.
A ofensiva militar contra o Irão, liderada por Benjamin Netanyahu, teve início a 13 de junho, justificada com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.
Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e mataram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.
Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.
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