A Câmara de Loures, em comunicado, informou que, "com a normalidade reposta no município e no país", apenas "três das 81 escolas do concelho -- todas situadas na freguesia de Bucelas -- permaneceram encerradas" hoje.
Na nota, a autarquia liderada por Ricardo Leão (PS) explicou que "a falha elétrica de larga escala que afetou toda a Península Ibérica" na segunda-feira teve impactos no concelho, com "consequências na eletricidade, nas comunicações e no abastecimento de água".
Segundo a autarquia do distrito de Lisboa, "perante a incerteza quanto à duração do apagão e a importante análise dos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos dos Municípios de Loures e Odivelas (SIMAR) sobre o risco de falhas no fornecimento de água", com possíveis impactos no funcionamento de equipamentos importantes, o executivo decidiu, ao final da tarde, com a informação do momento, "suspender a abertura das escolas" no dia de hoje.
"A decisão foi comunicada com a maior antecedência possível, de forma a garantir que chegava às famílias antes de eventuais falhas de energia em equipamentos eletrónicos de comunicação", notou a câmara municipal, acrescentando que se tratou "de uma medida de precaução, pensada para proteger os alunos, as famílias e toda a comunidade escolar".
O município referiu ainda que, paralelamente, estava preparado "para assegurar o abastecimento de combustível ao Hospital Beatriz Ângelo, que operava com recurso a geradores, bem como o importante fornecimento de água, de forma a garantir a continuidade dos serviços de urgência e emergência".
"Durante a noite, e após articulação com os SIMAR e restantes entidades envolvidas, a situação foi estabilizada, com a reposição da eletricidade e o restabelecimento do normal funcionamento das infraestruturas, incluindo as que asseguram o abastecimento de água", salientou.
No vizinho município de Vila Franca de Xira, a autarquia informou que hoje todas as escolas do concelho estavam "a funcionar com normalidade, contando para isso com a colaboração e empenho das direções de agrupamento, docentes e pessoal não docente" para assegurar de "volta a tranquilidade às famílias depois de um dia de 'apagão geral'".
"O abastecimento de energia foi, entretanto, sido restabelecido, de forma gradual, em todo o concelho, estando nesta altura já regularizado", refere-se numa nota.
Em Cascais, a energia elétrica ficou reposta "desde as 23:50 de segunda-feira" e "situações pontuais de falhas elétricas" relatadas no concelho "não estavam relacionadas com o apagão e devem ser comunicadas à E-Redes".
Algumas zonas de Sintra, também no distrito de Lisboa, continuavam hoje sem água nas torneiras, mas os serviços municipalizados previam "que todas as situações" ficassem "regularizadas progressivamente até às 15:00", segundo fonte municipal.
A mesma fonte afirmou que, devido ao apagão, a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) cortou o abastecimento de água a alguns municípios ao redor de Lisboa, incluindo aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra.
"Esta ligação só voltou a ser feita hoje às 08:30. Neste momento as faltas de água não são por avarias, mas sim porque os reservatórios de água estão a encher, um processo que demora, e em alguns sítios a água ainda não chega a um nível que dê para o abastecimento às casas das pessoas", explicou.
Segundo a Câmara de Sintra, "tudo o resto está a funcionar com normalidade", depois da reposição da eletricidade.
No entanto, durante a manhã verificaram-se cortes no fornecimento de energia elétrica em algumas zonas do concelho, entretanto restabelecidos.
Ao final da tarde, fonte municipal admitiu que a situação está em geral normalizada, embora ainda possam existir "situações pontuais" de falta de água, que estão a ser "resolvidas caso a caso" pelos serviços municipalizados.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, hora de Lisboa, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
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