Ucrânia? Trump "achou que era fácil", mas "estava escrito nos astros"

O chefe de Estado português comentou hoje que o Presidente norte-americano "achou que era fácil" conseguir uma "solução instântanea" com a Rússia para a guerra na Ucrânia, mas o que está a acontecer "estava escrito nos astros".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
15/05/2025 14:00 ‧ há 5 horas por Lusa

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Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, em Lisboa, em resposta aos jornalistas, que o questionaram sobre a decisão do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, de não se deslocar à Turquia para negociar a paz com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

 

"Eu fico surpreendido por as pessoas ficarem surpreendidas", respondeu, considerando que "estava escrito nos astros que não era tão fácil assim aquilo que parecia fácil para o Presidente norte-americano".

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, Donald Trump "achou que era fácil, na base de uma conversa direta com o Presidente da Federação Russa, e do entendimento fácil que há entre eles, pôr de pé uma solução instantânea". 

"Falou em dias, horas, um mês, uns meses", referiu. 

"É mais complicado do que isso, porque são vários povos envolvidos, porque não se podia marginalizar os ucranianos, porque não se pode marginalizar a Europa, que também está envolvida nessa realidade, porque precisamente a posição americana é de se envolver o mínimo possível, a não ser ser mediador, deixar de ser parte", acrescentou.

Por isso, para Marcelo Rebelo de Sousa, já era esperado que "ia ser um bocadinho mais complicado" negociar a paz, também tendo em conta que na guerra "uma coisa fundamental é o tempo", que ambas as partes querem aproveitar "para tomar posições no terreno ou manter posições no terreno". 

Ressalvando que "se não for assim, é uma magnífica notícia", o Presidente da República assinalou que "aparentemente, não era tão fácil quanto isso" o caminho "para uma paz digna, justa e que seja sustentável".

"Aparentemente, as expectativas colocadas pelo Presidente americano eram excessivas, acreditando que era instantânea uma solução pela sua intervenção falando com o Presidente Putin. Está mais complicado um bocadinho", reforçou.

Interrogado se acredita que poderá haver um acordo até ao fim do seu mandato, que termina em março do próximo ano, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou o desejo de que seja "possível avançar para a paz de forma segura o mais rápido possível, mas de forma segura e que respeite os valores em causa, e não seja para durar um tempinho e logo a seguir voltar a guerra". 

"Mais importante do que propriamente ser num determinado mandato é encontrar-se uma solução para uma realidade que está a custar muitas vidas, muitas, muitas vidas para aqueles que mais sofrem diretamente, e está a afetar a segurança europeia e mundial", acrescentou.

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