Pedro Nuno diz que há uma "trumpização" de Luís Montenegro

O secretário-geral do PS disse hoje que o líder da Aliança Democrática (AD) está mais preocupado em se aproximar do Chega, a propósito dos imigrantes notificados para sair do país e falou numa "trumpização" de Luís Montenegro.

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Lusa
04/05/2025 12:04 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

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"Ainda ontem [sábado] assistimos a um líder da AD que está mais preocupado em se aproximar do Chega e em se dirigir ao Chega. Eu queria dizer-vos que o número que a AD e que o Governo tem feito à volta da imigração tem como único objetivo disputar com o Chega, aproximarem-se do Chega porque na realidade não há nenhuma diferença do ponto de vista da política e das notificações para abandono voluntário este ano, têm sido prática ao longo dos últimos anos", afirmou Pedro Nuno Santos, no início de uma ação de contacto de rua com a população de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo.

 

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, confirmou no sábado que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias.

"A lei é obviamente para cumprir por todos e quando a lei não é cumprida há notificações para abandono voluntário. Em 2019, por exemplo foram mais do que os 4.500 que soubemos agora, desse ponto de vista não há diferença", apontou Pedro Nuno Santos.

A diferença, realçou o líder do PS, é que "desta vez temos um primeiro-ministro que diz que há pessoas que tem de ser expulsas do território nacional, diz isso a sorrir e ainda pede ao Chega para elogiar a sua política".

"É verdadeiramente a única diferença e nesse caso há uma 'trumpização' de Luís Montenegro", afirmou, referindo-se às políticas do presidente norte-americano Donald Trump.

Não há de facto nenhuma razão para que a AD sequer consiga pensar em ganhar eleições

Questionado sobre se receia que a AD consiga alcançar uma maioria nestas eleições com a Iniciativa Liberal (IL), Pedro Nuno Santos respondeu não ter "nenhum receio aliás que a AD ganhe estas eleições".

"E não tenho porque nós temos neste momento alguém a liderar o Governo que já mostrou que não é sério, temos um Governo que sistematicamente engana os portugueses e que mostrou ao longo do último ano que é incompetente para resolver os maiores problemas dos portugueses", frisou.

E, por isso, considerou que "não há de facto nenhuma razão para que a AD sequer consiga pensar em ganhar eleições" e frisou que o que o PS "quer fazer ao longo destas duas semanas é apresentar-se como uma mudança segura".

Neste dia em que arranca a inscrição para o voto antecipado, o líder do PS disse que vai votar no dia 18 de maio e apelou a que o máximo de portugueses participe neste ato eleitoral.

"Nós precisamos que as pessoas celebrem a democracia participando e votando, porque é no voto que está a possibilidade de fazermos uma mudança segura", frisou, repetindo que o PS não desejou estas eleições que foram provocadas por um "ainda primeiro-ministro que tendo-se sentido acossado decidiu atirar o país para eleições".

Pedro Nuno Santos começou o primeiro dia oficial de campanha eleitoral em Ponte de Lima, onde esteve acompanhado pela cabeça de lista do PS pelo distrito de Viana do Castelo, Marina Gonçalves, e onde foi recebido em festa, ao som de concertinas e castanholas.

E porque hoje é o Dia da Mãe, o líder do PS fez ainda questão de deixar uma "palavra de esperança no futuro do país, para elas, para as suas famílias, para os seus filhos".

"Eu não quero ter um país que não é capaz de cuidar, nomeadamente das mulheres grávidas, que todos os fins de semana enfrentam serviços de urgências obstetrícias encerrados, vivem numa situação de angústia e de insegurança porque nunca sabem se o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e se os serviços de urgência conseguem acudir, ao mesmo tempo que temos um Governo e um ainda primeiro-ministro que ao longo destas semanas com serviços de urgências obstétricas encerrados nunca tenha sido capaz de dar uma palavra de empatia e de esperança para com as mães portuguesas", afirmou.

Este é, na sua opinião, "só um exemplo de como muitas vezes o país ainda trata mal as nossas mães, aquelas que estão prestes a ser mães", pelo que quis dar "uma palavra de grande esperança às mulheres portuguesas".

[Notícia atualizada às 12h51]

Leia Também: AO MINUTO: Pedro Nuno é "como os náufragos"; AD "é perigosa para o país"

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