Catarina Martins: "Bloco central não se distingue e não nos serve"

A eurodeputada do BE e antiga coordenadora, Catarina Martins, defendeu hoje que o bloco central de PS e PSD "não se distingue" e não serve o país, e a deputada Joana Mortágua defendeu o património feminista do partido.

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Lusa
04/05/2025 18:24 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Bloco de Esquerda

"PS pede mais um voto para depois governar com os votos de PSD. PSD pede mais um voto para depois governar com os votos do PS. O bloco central não se distingue e não nos serve. O que nos serve é a força das soluções e essa é o Bloco de Esquerda", defendeu Catarina Martins, na abertura do comício bloquista de arranque da campanha oficial, no "Incrível Almadense", em Almada, Setúbal.

 

Catarina Martins, que já foi atriz, regressou aos palcos para dar ânimo ao BE neste arranque, num comício que juntou cerca de duzentas pessoas, incluindo os três fundadores do partido, sentados na plateia, e que regressam às listas do BE nestas legislativas antecipadas mais de uma década depois: Francisco Louçã (Braga), Fernando Rosas (Leiria) e Luís Fazenda (Aveiro).

"O BE não vai faltar não vai faltar a nenhuma solução como aliás já provamos que não faltamos e não vamos faltar porque não deixamos nenhuma pessoa sozinha nesta nossa campanha nem no dia a seguir à campanha. Aqui estamos para fazer a luta toda", afirmou.

Pegando numa das principais bandeiras do partido para esta campanha eleitoral, Catarina Martins manifestou preocupação com a crise da habitação que o país atravessa e voltou a criticar PS e PSD.

"Vemos PSD a dizer que fará agora o que António Costa propôs para aí há uns 10 anos mas desta vez é que vai ser. E vem Pedro Nuno Santos e diz «bem, eu concordo completamente com a AD, vamos então continuar a fazer o mesmo que não deu resultado nenhum até agora e quem saiba talvez um dia dê»", acusou.

A bloquista apontou o dedo a quem critica a proposta do BE de impor tetos máximos nas rendas, e deixou um reparo em tom sarcástico.

"Quando a Mariana explica como medidas simples como o teto às rendas podem fazer a diferença aí todos veem problemas. Coitadinho do proprietário, coitadinho do especulador, vamos lá agora fazer-lhes essas maldades", disse, pedindo ao partido uma "campanha corajosa".

A eurodeputada criticou ainda o anúncio do Governo de expulsão do país de cerca de 18 mil imigrantes nas próximas semanas, considerando que foi uma forma de desviar atenções do caso 'Spinumviva' e da lista de clientes divulgada há dias.

"É a estratégia da extrema-direita: quando não tem resposta e quando estão enrolados, tentam arranjar uma culpa qualquer ao lado. Mas nós aqui sabemos que ninguém se salva sozinho", afirmou.

Antes da sessão intitulada "A Esquerda Europeia com o Bloco", e das intervenções de Li Andersson (Aliança de Esquerda/Finlândia), Irene Montero (Podemos), Manon Aubry (França Insubmissa) e Mariana Mortágua, a cabeça de lista do partido por Setúbal e deputada, Joana Mortágua, salientou que o BE "não planeou" ter seis mulheres a intervir no primeiro comício, "mas aconteceu".

Joana Mortágua defendeu o património feminista dos bloquistas, afirmando que "não há uma conquista feminista no país que não tenha a marca do BE".

A dirigente quis ainda deixar "um recado" a Luís Montenegro: "Quem desvaloriza os números da violência doméstica porque lhe dá jeito não serve para primeiro-ministro".

"Quem desvaloriza o maior problema de segurança pública que existe neste país, que é o machismo, porque lhe dá mais jeito uma outra narrativa sobre criminalidade, não serve para liderar um governo neste país", criticou.

Joana Mortágua defendeu que no dia 18 de maio "o voto pela liberdade das mulheres é um voto do BE".

Leia Também: "Não fui eu". Fabian Figueiredo nega ter divulgado dados sobre Montenegro

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