Em comunicado, divulgado hoje, o partido considerou que a consulta pública que a Comissão Europeia está a fazer, intitulada "Escudo Europeu da Democracia" e que visa avaliar ameaças à democracia dos 27 países da União Europeia (UE), é complexa, impossível de realizar "pela maioria das pessoas" e tem um "enviesamento ideológico".
A consulta pública desta iniciativa do executivo de Ursula von der Leyen começou no dia 31 de março e acaba no dia 26 de maio.
O Chega, através do eurodeputado António Tânger Corrêa, defendeu que está a crescer a "perceção de que as opiniões fora do discurso dominante são marginalizadas e excluídas do debate público europeu, estando a tentar legitimar-se a censura como regra, sobretudo nos espaços onde subsiste a liberdade de expressão".
No entanto, o partido não apresenta dados que sustentem a perceção da marginalização do discurso.
Na mesma nota informativa, o partido anuncia que criou um inquérito 'online' que, de acordo com a força política, foi adotado pelos Patriotas pela Europa, a família política na qual o Chega está inserido no Parlamento Europeu e que agrega a maioria dos partidos de extrema-direita.
O objetivo da iniciativa do partido é avaliar a perceção sobre "liberdade de expressão, o pluralismo político e a representatividade democrática no espaço europeu", mas também perceber de que maneira as "políticas da União Europeia" têm influência "nos meios de comunicação, na esfera pública e na participação cívica".
O partido também quer, através do inquérito, avaliar o "grau de confiança nas instituições europeias e o sentimento de representatividade nas decisões tomadas em Bruxelas", indicou ainda a nota informativa.
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