"Continuo a defender mesmos valores. A política não é Benfica - Sporting"

Joana Amaral Dias, cabeça de lista por Lisboa do Alternativa Democrática Nacional (ADN), é a entrevistada do Vozes ao Minuto desta segunda-feira.

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© Joana Amaral Dias

Teresa Banha
12/05/2025 08:45 ‧ há 6 horas por Teresa Banha

Política

Joana Amaral Dias

Joana Amaral Dias é a cabeça de lista por Lisboa pelo Alternativa Democrática Nacional (ADN) e espera que nas eleições de dia 18 o partido consiga eleger dois deputados - a própria e o presidente, Bruno Fialho.

 

Num partido político sem assento parlamentar, Joana Amaral Dias considera-se uma representante do povo informal e, em entrevista ao Notícias ao Minuto diz que vai lutar pelas causas sendo eleita ou não. Para já, o foco são as Legislativas, mas caso falhe a eleição como deputada - cargo que já ocupou pelo Bloco de Esquerda -, não descarta concorrer a Belém já para o próximo ano.

Nesta conversa, Joana Amaral Dias fala sobre as causas que têm prioridade sobre um qualquer partido, o posicionamento do ADN, nomeadamente, acerca da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), sobre o encontro que teve com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na Ovibeja - incluindo o 'fact check' que fez aos carros da sua comitiva - e também sobre a defesa da soberania portuguesa.

Não sou de Esquerda nem de Direita. Não sou pelo privado, nem pelo público. Sou pelo povo e por aquilo que funciona

Na semana passada, durante o debate dos partidos sem assento parlamentar, anunciou que pediu uma reunião à REN [Redes Energéticas Nacionais] devido ao apagão que atingiu Portugal. Porquê?

O que se passa com a REN é que - como já toda a gente percebeu com o 28 de abril - nós não vendemos os anéis, vendemos os dedos. E entregámos a estrangeiros - nomeadamente, a estrangeiros de ditaduras, como os chineses - um setor estratégico. Um setor da nossa segurança, da segurança dos portugueses, da soberania dos portugueses. Entregámos aos chineses e entregámos aos espanhóis.

Acho que todo o Portugal entendeu, no dia 28, que isto não é compatível com defender os portugueses. Precisamos de reclamar aquilo que é nosso - porque a EDP e a REN foram construídas com o trabalho dos portugueses, não com o trabalho dos chineses, nem dos espanhóis.

Que esclarecimentos pediu?

Nós fomos fazer duas coisas à REN. Primeiro, tentar perceber se alguém - algum jornalista, partido político ou governante - tinha solicitado uma reunião no sentido de encetar um processo negocial: ninguém. Os lucros da REN não param de aumentar e Portugal paga a energia mais cara da Europa - e a energia é um bem essencial. Continuamos a ter grande pobreza energética. A energia é muito cara em Portugal - é caríssima. E os lucros não param de aumentar e nós a termos de sustentar isto. Não faz sentido nenhum.

Confirmámos que nenhum partido político, nenhum governante, se interessa por este tema. Na verdade, não se interessam pelos interesses dos portugueses, é o que temos de concluir.

Confirmámos que ninguém pediu essa reunião com State Grid Corporation, a maior operadora deste setor do mundo, que é chinesa. É a maior operadora do mundo e que detém uma 'fatia de leão' da REN. Estamos à espera de resposta.

Antes ou depois das eleições?

Já fui deputada e considero que ter sido deputada é um bocadinho como os polícias que estão de folga - não estão fardados, mas veem alguém em apuros e vão socorrer. Considero que tendo sido deputada devo ao país uma postura exemplar - mesmo que a resposta venha só depois das eleições.

Se tivermos representação parlamentar, isto dá muito mais força a esta reunião. Se for eleita deputada, posso chegar à REN, que se chama REN, mas de REN já tem pouco. Podia chamar-se REC - Rede Elétrica Chinesa. Se for eleita, chego lá com outra legitimidade.

Tenho sido representante do povo informal - irei à reunião, eleita ou não eleita. Mas preciso dessa força, desse lacre, desse mandato e confiança dos portugueses.

Não sou de Esquerda nem de Direita. Não sou pelo privado, nem pelo público. Sou pelo povo e por aquilo que funciona. Há setores que não há problema nenhum que sejam privados. Há outros que efetivamente são essenciais e que têm de ser públicos. Como neste caso, o caso do SIRESP, e como o caso de haver um Serviço Nacional de Saúde.

Se conseguir a reunião, o que pretende mesmo ver esclarecido?

A primeira pergunta que eu quero colocar é se estão ou não dispostos a devolver aos portugueses aquilo que é nossa. Se estiverem dispostos, quais são as condições negociais para o fazerem.

Uma coisa que denunciei na minha ida à REN é que os salários dos administradores são absolutamente milionários. São pessoas que ganham o Euromilhões todos os anos. Não estou a exagerar. Inclusivamente, um deles é arguido no caso EDP - arguido. Isto é uma vergonha nacional. Uma vez que eu chegue ao Conselho de Administração da REN - e o mesmo farei com a EDP - são coisas que eu quero ver discutidas.

Vai solicitar uma reunião com a EDP?

Sem dúvida! Aliás, a EDP também tem outros problemas. O ano passado estive na EDP a reclamar porque, para além do preço da energia, há lojas da EDP que não aceitam pagamentos em dinheiro, ou seja, numerário. É uma luta que ficou evidenciada no 28 de abril.

Esta vai ser uma reunião a marcar depois das Legislativas?

Sim. Já marcámos este ponto. As pessoas já perceberam que estamos do lado da nacionalização do setor energético. Sou uma grande defensora da soberania portuguesa. Luto contra o globalismo desde o princípio do século. Mal entrei na política comecei logo a lutar contra esta globalização desenfreada. Não tenho nada contra os povos - bem antes pelo contrário. Considero-me uma universalista.

Adoro conhecer outros povos, outras culturas, viajar, conhecer outros costumes - mas Portugal é dos portugueses. E os portugueses têm de estar primeiro em Portugal porque a solidariedade começa em casa.

E, portanto, nessa luta contra a globalização, que eu comecei muito cedo, faz parte a defesa da soberania de Portugal. Em primeiro lugar temos de defender o que é nosso. 

Não receia que dizer algo como "Portugal é dos Portugueses" e utilizar esta retórica a aproxime de outras forças políticas, como o Chega?

Não tenho problema nenhum com isso. Aliás, sobre isso o Chega parece-me que tem até posições bastante evitantes. Esta questão da defesa da nacionalização da REN é algo que eu faço desde que ela foi privatizada. Não nasci agora, não cheguei agora, à importância do setor energético.

Portugal é um país de emigração. Já emigrei várias vezes na minha vida. Já emigrei para Espanha, para os Estados Unidos ou para o Brasil. Portugal é um país com imensos imigrantes - e eu respeito todos os imigrantes que vêm para Portugal para trabalhar, contribuir, para ajudarem a nação. Mas, atenção: isto é outra história. Estou a falar de vender Portugal a retalho. O que eu estou a falar é pegar nos interesses dos portugueses e vendê-los a interesses estrangeiros.

França não vai nessa cantiga. França não compra energia ao mercado ibérico. Porque defendem o que é deles. E nós temos que defender o que é nosso. São os chineses é que vão defender os portugueses? Nunca na vida.

Os portugueses são um povo trabalhador. Porque é que Portugal é pobre?

Quantos deputados espera eleger o ADN?

Gostava muito de eleger dois. Um só deputado não é um grupo parlamentar, precisamos de dois para tal porque quando somos um grupo temos acesso a uma série de instrumentos de intervenção na Assembleia da República que, sendo um só, não tenho.

Isto faz uma diferença brutal na capacidade que vamos ter de intervir na Assembleia, catalisar a mudança e impulsionar a transformação. Gostava de eleger no Porto, o Bruno Fialho, presidente do ADN, que tem feito um trabalho extraordinário. E eleger-me a mim em Lisboa. Vai-nos permitir ter uma força muito grande e conseguir catapultar estas propostas que temos trazido.

Quais seriam as primeiras propostas legislativas em que trabalhariam?

São muitas, custa-me imenso reduzi-las, mas temos três propostas essenciais. Primeiro, acabar com o saco azul de 13 mil milhões de euros que existe todos os anos - o ano passado foram 12 mil milhões este ano 13. É um saco azul. Eles dizem que são despesas excecionais. Temos de ter uma almofada para despesas imprevistas - compreendo isso. Para o apagão, para um cataclismo. Temos de ter uma reserva, percebo isso - mas não é uma reserva que seja a segunda despesa maior logo a seguir à Saúde. Isto é ridículo.

É uma reserva que é maior do que a Justiça ou a Educação. Acho que isto não cabe na cabeça de nenhum português. Esta é a primeira medida. Pegar neste dinheirinho, reduzir para 1% - neste momento é 10%. Pegar nesse dinheiro e pô-lo onde é útil e necessário, urgente.

A segunda questão tem a ver com os portugueses primeiro. E o que é que eu quero dizer com portugueses primeiro? Dentro disto, são três coisas básicas.

Defender a natalidade - porque os portugueses estão em vias de extinção. Nascem bebés em Portugal, bebés portugueses não nascem. Precisamos de bebés portugueses. Podem vir imigrantes, [mas] que venham por bem, sem cadastro e com contrato de trabalho - isto é muito importante. Se não temos pessoas novas, jovens a contribuir, é óbvio que o país vai abaixo, colapsa.

Natalidade, imigração - altamente controlada - e soberania, ou seja, os tais setores energético, tudo o que já falamos. Não há problema nenhum termos acordos, relações internacionais: não quero um Portugal orgulhosamente só. Sou uma pessoa do mundo. Considero-me uma universalista, mas...

E a terceira proposta prioritária?

Terceiro tema, que é muito importante - e sei que os portugueses estão aflitos neste momento - é o controlo dos preços. O cabaz alimentar disparou de forma absolutamente insustentável. De 2019, era pré-Covid, para agora, 2025, o cabaz básico custava 70 e tal euros. Agora, custa 230  e tal euros. Os preços cresceram dez vezes mais do que os salários. É impossível.

Neste momento, há muitas portugueses a terem de escolher se pagam a renda ou pagam a alimentação. E, entretanto, há sacos azuis de 13 mil milhões de euros, há ordenados de Euromilhões da REN, há onze motoristas para Montenegro... O que é isto? Não me vou cansar de repetir até que me cortem a língua: Portugal não é um país pobre. É um país esbulhado, roubado.

Os portugueses são um povo trabalhador. Tantos jovens a irem para o estrangeiro, a serem altamente aplaudidos pela sua capacidade de trabalho. Os protugueses são trabalhadores, dos povos que mais trabalham na Europa. Trabalham imensas horas, muito mais que os alemães. Porque é que Portugal é pobre? Precisamos de reter talento, mas só vamos reter se isto der uma volta de 180 graus.

Defesa da cesta básica: precisamos de atacar no BCE, que é responsável pela inflação. É uma instituição supranacional não eleita e que faz cartel com a banca privada. Precisamos de meter o dedo na ferida.

Quanto aos 11 motoristas: há alguns dias encontrou Luís Montenegro na Ovibeja e teve um 'bate-boca', acusando-o de viajar a 200 km/h e com carros do Governo durante a campanha. Despediu-se de Montenegro dizendo que ia ver se os carros eram do Partido Social Democrata. Verificou?

Fui verificar. Quando [os carros] passaram por mim [na autoestrada] era óbvio que aquilo era a comitiva do primeiro-ministro. Era óbvio que era ele. Assim que cheguei à feira fui tirar fotografias às matrículas. Quando se chega à entrada principal há uma zona que é para os governantes, oficial, digamos. E depois há uma zona que é para as comitivas partidárias. 

Ele disse que não estava lá na na qualidade de primeiro-ministro, que estava lá na qualidade de presidente do PSD - em campanha. Eu tirei logo as fotografias e fui verificar. Dos cinco carros, quatro são da Presidência do Conselho de Ministros. Estavam todos estacionados na parte oficial do primeiro-ministro, inclusivamente, o carro particular.

O estacionamento ainda vou dar de barato que estacione no lugar de primeiro-ministro - não quero parecer mesquinha e piquinhas. Isso eu concedo - passa. Não pode é usar os carros do Estado e ainda por cima mentir à frente de todos os portugueses. Está no vídeo, ele diz e repete: "Não, não, os carros são do partido." Não são. Não são do partido. Mentiu.

Continuo a defender os mesmos valores. A política não é Benfica-Sporting. Não ficamos num clube a vida toda por amor à camisola. Se aquele partido deixa de representar as causas, ideias e valores que tu defendes, acho que é melhor sair de lá

Vinda do Bloco de Esquerda, já passou pelo Nós, Cidadãos!, Agir e agora ADN. Passar por tantos sítios é algo bom ou pode mexer com a sua credibilidade como política? Porque o espetro é muito grande [do Bloco para o ADN]. Não pode ser algo mau?

Os portugueses vão-me conhecendo, faço muita TV e sou muito ativista. Nunca mudei as minhas ideias e as minhas causas. Desde que cheguei à política, no princípio do século, [cheguei] a defender a paz, a defender os direitos do povo, a defender as liberdades, que é um valor que eu prezo muito - as liberdades públicas e individuais. Continuo a defender os mesmo valores. Essa coerência é o que me interessa. A política não é Benfica-Sporting. Não ficamos num clube a vida toda por amor à camisola. Na política, são as causas e ideias. Se aquele partido deixa de representar as causas, ideias e valores que  tu defendes, acho que é melhor sair de lá.

No programa eleitoral, o ADN defende que a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) realizadas sem ser por motivos clínicos ou de saúde "deixe de ser suportada ou apoiadas financeiramente pelo Serviço Nacional de Saúde." É um tema polémico.

Quando foi o referendo [para a despenalização do aborto] achei - e continuo a achar, mas de uma forma diferente - que havia muitas mulheres que estavam em perigo porque havia muitas interrupções, muitos abortos de vão de escada. As pessoas colocavam-se em perigo, introduziam agulhas no corpo, davam pancadas, mandavam-se de escadas, faziam coisas horríveis. Considero-me humanista - e o ADN é um partido humanista - e realmente são coisas que me tocam no coração. Sou mulher, mãe de três filhos, são coisas que me tocam profundamente.

Temos de fazer um balanço destes 20 e tal anos de permissão de IVG no SNS. Acho que temos de fazer um balanço crítico. E se temos um ombro crescente de mulheres que fazem mais do que uma interrupção de gravidez, se temos um número crescente de mulheres estrangeiras que vão ao SNS para fazer interrupção da gravidez, temos de pensar se o SNS sustentar, pagar, patrocinar IVG's deve ser uma prioridade ou não.

Há outras coisas muito importantes para fazer na Saúde. Não tenho nenhum problema que o SNS continue a ajudar estas mulheres, mas têm que, se calhar, começar a pagar por isso - ou deve haver uma taxa especial por isso e sobretudo, em caso de repetição. Temos de voltar a insistir na prevenção, na educação sexual, no planeamento familiar e deixar de pôr a tónica na IVG.

O que eu gostava era que mais mulheres tivessem condições - se querem fazer uma IVG no SNS sim, mas, se querem levar por diante uma gravidez, que também o possam fazer. Existem essas condições para essas mulheres? Não. Por isso é que um dos pontos essenciais no nosso programa é o apoio à natalidade dos portugueses, inclusivamente, defendendo as licenças de maternidade de 18 meses para um [progenitor] e 9 meses para o outro. Depois, podem combinar como quiserem.

Liberalizou-se a IVG e aquilo que era essencial fazer não se fez. A solução é continuar a liberalizar a IVG? Ou a solução é temos de pensar um bocado e ir por outro caminho?

Mas as coisas "evoluíram" ao ponto de haver a consciencialização para tomar esta medida? Ou seja: é justo acabar com as IVG's gratuitas quando ainda há tanta desinformação?

Esse é exatamente o meu ponto também. Se não há informação ainda, isso é responsabilidade do Estado. Na minha opinião, esse direito vai-se manter. Se fosse eu a decidir, esse direito manter-se-ia. Só que teriam de pagar.

Mas há muitas mulheres que hoje em dia não têm essa possibilidade.

Deixei de acreditar num Estado que diz que vai dar informação às mulheres porque [o Estado] teve 20 e tal anos para o fazer e não fez. É como o caso da violência doméstica. Passou-se a violência doméstica para crime público, fez 25 anos este janeiro. E resolveu o problema? Não.

Aquilo que devia estar essencialmente a resolver o problema - que eram duas ou três coisas básicas, como combate ao alcoolismo, a interrupção do ciclo de violência geracional crianças que são batidas e haver prevenção? Continua-se a falar da palmada pedagógica, que é escandaloso.

Fez-se a lei de crime público e depois o essencial, as mudanças estruturais que eram precisas fazer numa geração - porque 25 anos é uma geração - não se fizeram.

Aqui é a mesma coisa. Liberalizou-se a IVG e aquilo que era essencial fazer - com os instrumentos da Ciência, como a pílula do dia seguinte,  aperfeiçoamento do planeamento familiar - não se fez. A solução é continuar a liberalizar a IVG? Ou a solução é temos de pensar um bocado e ir por outro caminho?

Não encara esta solução como uma regressão nos direitos?

Não, porque a mulher continua a ter esse direito. Tem é de pagar. O que acho é que temos de alargar os direitos das mulheres e permitir que haja mais informação, mais acesso a estes testes. Porque não facilitar a disponibilidade e acessibilidade a estes testes de ovulação ou pílula do dia seguinte? Se calhar, muitas mulheres precisam rapidamente de uma consulta. Isso foi acautelado durante todos estes anos?

Desinvestem no SNS. Olhando para os números, deixei de acreditar que esta fosse e seja a solução. Preciso que o Estado se comporte de outra maneira e seja responsável perante as mulheres.

Percebo o drama de uma mulher que não pode ou não quer ter um filho. Percebo perfeitamente - sou mulher. Há aqui interesses conflituantes. Uma regressão de direitos? O feto também tem direitos. Não quero passar por cima dos direitos do bebé, do feto, como se fosse cão por vinha vindimada. Existem direitos também e não podemos ser só facilidades em relação aos direitos da mulher. Também temos de olhar para os direitos de alguém, de uma vida que está a ser gerada e que não tem qualquer capacidade reivindicativa.

Para fechar este tema: a medida não é um ataque aos direitos das mulheres?

Nem pouco mais ou menos. Acho que as mulheres continuam a ter possibilidade de ir ao SNS e o Estado tem de ser mais responsável para lhes permitir e facilitar que não tenham de chegar a esse ponto.

A possibilidade da candidatura a Belém esteve em cima da mesa. Caso não seja eleita no dia 18, pondera candidatar-se à Presidência da República?

O ADN desafiou-me e eu andei um bocado a pensar na vida. Entretanto, isso ficou em 'stand by', em águas de bacalhau, porque enquanto eu estava e não estava a pensar, decidi não mandar outra vez o país ao charco. Aqui estamos outra vez em eleições.

Agora, estou 100% focada neste combate e depois logo se vê das Presidenciais. Os portugueses - gostem mais ou menos de mim ou das minhas propostas - sabem que estou sempre na luta, eleita ou não eleita. Estou sempre na rua a tentar defender os interesses de todos. Com isso, podem contar de certeza absoluta.

Não é um não, nem um sim: mantém-se em 'stand-by'?

Não é um não, não. Até porque temos de ver o que vai acontecer. Uma coisa que me preocupa é que existam estas eleições no dia 18 e que passados três ou quatro meses tenhamos que fazer outras porque não se chega a uma solução.

Há aqui uma emergência nacional, que são estes ciclos viciantes, de eleição atrás de eleição. Acho que temos de estar focados nisto agora. Sem um poder executivo forte e competente o país não anda.

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