O primeiro-ministro e líder da AD, Luís Montenegro, afirmou, este domingo, numa analogia entre o Chega e futebol, que André Ventura é um "extremo-direito" com "vários problemas" e "falta de jeito".
Durante uma entrevista no programa 'Isto É Gozar Com Quem Trabalha', da SIC, Ricardo Araújo Pereira fez uma comparação entre o líder do Chega, André Ventura, e futebol, afirmando que "há um jogador na extrema-direita" que quer jogar com Montenegro "há um ano", mas o primeiro-ministro "não lhe passa a bola".
Em resposta, também fazendo uma analogia entre a polícia e o desporto, o primeiro-ministro afirmou que "esse extremo-direito tem vários problemas", incluindo "passar a vida a falar para a bancada".
"Precisamos de uma equipa de jogadores que se entreajudam e colaboram para o jogo e não daqueles gabarolas que ficam a falar só para a bancada. Ele manifestamente tem alguma falta de jeito, faz-me lembrar um pouco aqueles jogadores que parece que calçam as chuteiras ao contrário. Calçam a chuteira direita do pé esquerdo e a esquerda no pé direito e depois a bola passa para o lado diferente", ironizou.
Sobre o facto de o Governo ter anunciado, no início de maio, a notificação de mais de quatro mil cidadãos estrangeiros para abandonarem o país voluntariamente, o primeiro-ministro reconheceu que Portugal "precisa de imigrantes para reforçar muitos dos setores de atividade económica do país", mas afirmou que as "regras têm de ser cumpridas e as regras só são cumpridas se aqueles que não as cumprem tiverem uma consequência".
"Somos um país que não fecha a porta, mas também não tem a porta completamente escancarada. Quem não cumprir as regras, tem mesmo de ir embora", atirou.
Luís Montenegro saiu também em defesa da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, após Ricardo Araújo Pereira ter afirmado que "parece que está em greve desde que tomou posse".
"Se há coisa que posso dizer com toda a tranquilidade é que a senhora ministra da Saúde não fez greve um único segundo. O cargo que tem é um cargo muito complexo e muito difícil, com um conjunto de problemas que não se resolvem de um dia para o outro", defendeu.
O social-democrata afirmou ainda que Ana Paula Martins "tratou de acabar com as greves na Saúde e no Serviço Nacional de Saúde" e lembrou os acordos feitos com "médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica".
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