Wall Street encerra sem direção numa sessão com poucas transações

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção numa sessão com poucas transações, em dia marcado pela decisão da Reserva Federal (Fed) de manter a taxa de juro de referência e pelos desenvolvimentos no Médio Oriente.

New York Stock Exchange as Fed leaves rates unchanged

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Lusa
18/06/2025 22:16 ‧ há 6 horas por Lusa

Economia

Wall Street

O resultado do dia indica que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,10% e o tecnológico Nasdaq 0,03%, enquanto, pelo contrário, o alargado S&P500 ganhou 0,13%.

 

A Fed decidiu manter a taxa de juro no intervalo entre 4,25% e 4,50%, apesar das pretensões contrárias de Donald Trump - que voltou a insultar o presidente o banco central, Jerome Powell -, enquanto espera por mais informação sobre os efeitos do aumento das taxas alfandegárias decididas pela Casa Branca.

A decisão foi a esperada, se bem que Powell tenha assinalado uma incerteza "raramente elevada", e apontou que as expectativas de inflação a curto prazo subiram, devido às taxas alfandegárias.

Em todo o caso, a reunião da Fed "esteve hoje claramente no centro da atenção", apontou Angelo Kourkafas, da Edward Jones, em declarações à AFP.

"Não houve grandes surpresas. A Reserva Federal manteve-se na expectativa", acrescentou.

"A reação inicial [de Wall Street] foi positiva", destacou.

Mas este otimismo cedeu às previsões económicas do banco central.

"As taxas alfandegárias vão empurrar os preços para cima e pesar sobre a atividade económica", disse Powell.

A Fed espera agora um crescimento da economia norte-americana de 1,4%, em 2025, depois de 1,7%, em março, e 2,1%, em dezembro de 2024, e prevê um aumento da inflação para três por cento, acima dos 2,7%, que esperava em março, e dos dois por cento que tem como objetivo.

A continuação da guerra ao Irão, que Israel juntou aos ataques na Faixa de Gaza, é "um outro fator que mantém o moral dos investidores a um nível muito baixo", segundo Kourkafas.

O líder iraniano, Ali Khamenei, disse hoje que o seu país "nunca" se renderia a Israel, que multiplicou os ataques aéreos ao Irão, antes de voltar a ser visado por mísseis hipersónicos.

No jardim da Casa Branca, Trump disse a jornalistas que a sua paciência com o Irão "estava a acabar", mas alimentou a dúvida sobre se os EUA se iriam juntar a Israel nos ataques ao Irão.

Leia Também: De olhos no Médio Oriente, Wall Street abre positiva à espera da Fed

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