OIM lamenta mortes em centro do Iémen causadas por ataque dos EUA

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) expressou hoje o seu "profundo pesar" pelas mortes de dezenas de migrantes num centro de detenção no Iémen e ofereceu ajuda às vítimas, mas esclareceu que não gere a instalação.

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© Mohammed Hamoud/Getty Images

Lusa
28/04/2025 15:33 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Migrações

"Embora a OIM não estivesse a operar as instalações [do centro], estamos empenhados em monitorizar de perto a situação e prontos para prestar apoio, se necessário", disse a OIM, num comunicado hoje divulgado.

 

A organização, que integra o sistema das Nações Unidos, pediu ainda que todas as partes em conflito deem prioridade à proteção dos civis e ao cumprimento do direito internacional.

Segundo os rebeldes huthis do Iémen, pelo menos 68 pessoas foram mortas e 47 ficaram feridas na sequência de um bombardeamento norte-americano a um centro de detenção para migrantes africanos na cidade de Saada, no norte do Iémen, o bastião do grupo xiita pró-iraniano.

Os huthis alegaram ainda que o centro, que albergava sobretudo migrantes africanos, estava "sob a gestão e o conhecimento" da OIM e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), e pediram a estas organizações que documentassem "o massacre".

O CICV também informou que o centro afetado não está sob a sua supervisão direta ou a do Crescente Vermelho Iemenita, embora tenha indicado que equipas deste último estiveram envolvidas na retirada dos feridos para os hospitais e no tratamento dos corpos.

As autoridades do CICV já visitaram o centro, no âmbito do seu trabalho de assistência a pessoas privadas de liberdade, adiantou o porta-voz da organização para o Médio Oriente, Suhair Zakkout, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O atentado aconteceu poucas horas depois de pelo menos oito civis terem sido mortos noutro bombardeamento norte-americano, num subúrbio de Bani al-Harith, a cerca de 20 quilómetros a norte de Sanaa.

A 15 de março, os Estados Unidos lançaram uma campanha de bombardeamentos em grande escala contra os rebeldes huthis, ordenada pelo Presidente Donald Trump, para prejudicar a capacidade dos rebeldes iemenitas de ameaçar a navegação no Mar Vermelho.

Leia Também: Irão classifica ataques dos EUA no Iémen como "crimes de guerra"

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