A Rússia tem vindo a atacar as instalações energéticas ucranianas desde que invadiu o país, em fevereiro de 2022, mas, no inverno passado, começou a visar especificamente os locais de produção de petróleo e especialmente de gás.
"Este inverno, o inimigo levou a cabo uma série de ataques maciços às infraestruturas de produção de gás da Ucrânia", disse Denys Chmygal durante uma reunião do Governo em Kyiv.
Chmygal disse que as forças russas infligiram à Ucrânia "perdas que ascendem a quase 50% da produção total", segundo um comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Referiu que o Governo está "a trabalhar ativamente para compensar" as perdas, em especial "através de importações".
O Governo está a tentar "diversificar as fontes de abastecimento de energia para que tenhamos gás suficiente no próximo inverno", afirmou.
Prometeu também simplificar os procedimentos das empresas privadas que trabalham no setor para acelerar a produção nacional.
Nos últimos meses, a Rússia tem visado várias instalações de produção de gás, concentradas principalmente nas regiões de Poltava (centro) e Kharkiv (nordeste), de acordo com a imprensa ucraniana.
No final de março, os meios de comunicação social ucranianos noticiaram que a Ucrânia tinha perdido quase 40% da capacidade de produção de gás e que seria obrigada a importar volumes consideráveis no próximo inverno.
A produção interna de gás caiu 6% em 2022, com o início da invasão russa, antes de recuperar ligeiramente no ano seguinte.
Em 2024, a Ucrânia produziu mais de 19 mil milhões de metros cúbicos (m3), mais 2% do que em 2023, segundo os especialistas.
Pela primeira vez na história do país, a Ucrânia atravessou o último inverno apenas com gás próprio, de acordo com a empresa nacional de gás ucraniana, a Naftogaz.
Outrora fortemente dependente do gás russo, a Ucrânia começou, há 10 anos, a voltar-se para outros fornecedores e a desenvolver a produção própria.
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