Governo indiano dá a Exército "liberdade" para responder a atentado

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, garantiu esta terça-feira ao Exército "liberdade operacional" para responder como quiser ao ataque que matou 26 pessoas na Caxemira indiana, indicou uma fonte governamental.

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Lusa
29/04/2025 16:35 ‧ há 4 horas por Lusa

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Numa reunião com os seus chefes de Estado-Maior, Modi repetiu que o seu país, que culpou o Paquistão pelo ataque, está "determinado a infligir um golpe decisivo ao terrorismo", declarou a fonte governamental que solicitou o anonimato, citada pela agência de notícias francesa AFP.

 

Segundo a mesma fonte, Modi "disse às Forças Armadas que estas tinham a liberdade de decidir sobre os alvos, o momento e o modo da retaliação indiana ao ataque terrorista que vitimou civis em Caxemira".

O chefe do executivo indiano "reiterou a determinação nacional em desferir um golpe decisivo contra o terrorismo e a sua total confiança na capacidade das Forças Armadas indianas" para o fazer, acrescentou a fonte.

A 22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia.

Antes mesmo de qualquer reivindicação, Nova Deli responsabilizou Islamabad pelo atentado, o mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana.

O Paquistão negou imediatamente qualquer envolvimento e exigiu a realização de um "inquérito neutro".

As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os seus cidadãos foram convidados a abandonar o mais tardar hoje o território do país vizinho.

Há várias noites que se regista fogo cruzado de artilharia ligeira entre soldados paquistaneses e indianos ao longo da "linha de controlo", a fronteira 'de facto' que separa as zonas indiana e paquistanesa de Caxemira, segundo o Exército indiano.

Na semana passada, Modi prometeu publicamente perseguir os autores do ataque e os seus cúmplices "até ao fim do mundo".

Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar a sua total soberania sobre a região.

Desde 1989, a parte indiana é palco de uma insurreição separatista que já fez dezenas de milhares de mortos.

[Notícia atualizada às 17h19]

Leia Também: Paquistão abate 'drone' indiano na zona fronteiriça de Caxemira

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