Israel convoca milhares de reservistas (e Netanyahu faz aviso a Qatar)

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, avisou o Qatar de que era altura de deixar de fazer "jogo duplo" nas conversações, pedindo que escolhessem entre "a civilização e a barbárie", referindo-se, respetivamente, a Israel e ao Hamas.

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© Kevin Dietsch/Getty Images

Notícias ao Minuto
03/05/2025 22:17 ‧ há 8 horas por Notícias ao Minuto

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Médio Oriente

As Forças de Defesa de Israel (Israel Defense Forces, IDF na sigla em inglês) anunciaram, este sábado, que estão a enviar dezenas de milhares de ordens de convocação para os reservistas.

 

A notícia é avançada pelo Times of Israel, que dá conta de que os militares na reserva deverão começar a aparecer junto das Forças Armadas já na próxima semana.

A mobilização acontece depois de, na sexta-feira, militares israelitas terem apresentado um plano para a ofensiva em Gaza ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, plano esse em que estava prevista esta mobilização.

A publicação israelita lembra que as autoridades têm avisado repetidamente que, se não se chegar a um acordo sobre os reféns em breve, há a possibilidade de uma expansão ofensiva em Gaza, com o objetivo de derrotar o Hamas. Esta expansão prevê outras zonas do território, já fortemente abalado pelo conflito que decorre desde outubro de 2023.

Segundo o Times of Israel, os reservistas podem não se enviados para Gaza, mas sim para outras zonas onde a tensão com Israel está crescente, como o Líbano, a Síria ou Cisjordânia.

As IDF afirmaram que a convocação dos reservistas se deve apenas a "interesses práticos e operacionais", numa altura em que começam a existir várias cartas assinadas por veteranos que apelam a um acordo de reféns com o Hamas, mesmo que isso implique o fim da guerra.

Já a noite deste sábado, Benjamin Netanyahu deixou um aviso ao Qatar, que tem servido de mediador. "Israel está a travar uma guerra justa com meios justos. Após as atrocidades de 7 de outubro, o primeiro-ministro Netanyahu definiu a Guerra da Redenção como uma guerra entre a civilização e a barbárie", lê-se numa publicação partilhada na conta do gabinete do primeiro-ministro, na rede social X (antigo Twitter).

"Chegou a altura de o Qatar deixar de jogar nos dois lados com a sua conversa dupla e decidir se está do lado da civilização ou se está do lado da barbárie do Hamas. Israel vencerá esta guerra justa com meios justos", rematou o líder na publicação.

O ataque de 7 de outubro provocou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo contas da AFP com base em dados oficiais.

Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 58 continuam retidas em Gaza, das quais 34 foram declaradas mortas pelo exército israelita. O Hamas também retém o corpo de um soldado israelita morto numa guerra anterior em Gaza, em 2014.

Desde o fim da trégua, o Hamas publicou vários vídeos de reféns. Estas novas imagens surgem numa altura em que as negociações indiretas entre o Hamas e Israel, com mediação do Qatar e do Egito, para a libertação dos reféns e um cessar-fogo em Gaza, continuam sem progressos.

A reação militar de Israel ao ataque de 7 de outubro provocou pelo menos 52.495 mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo números do Ministério da Saúde do enclave palestiniano, tutelado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

Leia Também: Gaza. Portugal diz não haver "plano B" além da solução de dois Estados

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