ONU apela a Israel para cessar de imediato ataques contra a Síria

O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, apelou hoje a Israel para que cesse imediatamente com a "escalada de violações da soberania" síria, após novos bombardeamentos que causaram pelo menos um morto.

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© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

Lusa
03/05/2025 12:28 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Condeno veementemente as violações contínuas e crescentes da soberania da Síria por parte de Israel, incluindo múltiplos ataques aéreos em Damasco e noutras cidades", afirmou Pedersen numa rede social, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

 

Pedersen apelou a uma "cessação imediata dos ataques", para que "Israel se abstenha de pôr em perigo os civis sírios e respeite o direito internacional e a soberania, unidade, integridade territorial e independência da Síria".

O exército israelita confirmou hoje que atacou "uma base militar, armas antiaéreas e infraestruturas de mísseis terra-ar na Síria", ameaçando continuar a atuar "na medida do necessário para defender os civis israelitas".

A vaga de bombardeamentos foi uma das mais intensas desde o início do ano, de acordo com a EFE.

Afetou várias províncias, como o oeste de Hama e o sul de Deraa, mas também os arredores de Damasco, onde, segundo a agência noticiosa oficial síria SANA, uma pessoa foi morta.

Os novos ataques ocorreram depois de Israel ter bombardeado na sexta-feira posições perto do palácio presidencial em Damasco.

As novas autoridades sírias consideraram tal ação "uma grave escalada contra as instituições do Estado e a sua soberania" que surge numa altura de crescentes tensões sectárias no país.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, descreveram o ataque como "uma mensagem clara para o regime sírio" e afirmaram que não permitiriam que as forças sírias ameaçassem a comunidade drusa.

Grupos armados ligados à comunidade drusa na Síria estão envolvidos desde terça-feira em intensos confrontos com as forças de segurança do Estado, que deixaram mais de 100 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Israel anunciou hoje que enviou tropas para o sul da Síria para defender as aldeias drusas.

Os drusos, uma comunidade esotérica descendente de um ramo do Islão, são vistos com desconfiança pela corrente sunita extremista de que provêm as novas autoridades da Síria.

Representam cerca de 3% da população síria e vivem principalmente no sul, nomeadamente na província de As-Suwayda, perto de Israel, mas também em bolsas no noroeste e perto da capital, Damasco.

Além da Síria, incluindo os Montes Golã sob ocupação israelita, a comunidade drusa vive sobretudo no Líbano e em Israel.

Leia Também: Forças destacadas para conter violência nos arredores de Damasco

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