Líder checheno pede para ser "demitido" entre rumores de destituição

O líder checheno, Ramzan Kadyrov, pediu para ser demitido do cargo no meio de crescentes rumores sobre destituição, numa entrevista publicada hoje pela agência noticiosa Chechnya Today.

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© VYACHESLAV PROKOFYEV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
06/05/2025 16:36 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Também ouvi esses rumores. Escrevem sobre tudo o que anda por aí. Mas, pelo contrário, eu próprio peço para ser demitido do cargo. Outro [chefe da república] terá as suas próprias iniciativas, a sua própria visão", afirmou.

 

O líder checheno, um aliado próximo do Kremlin no poder desde 2007 e amplamente criticado por violações dos direitos humanos, acrescentou esperar que o seu pedido seja apoiado.

Esta não é a primeira vez que o chefe da região do Cáucaso, de maioria muçulmana, comenta a sua possível saída do poder, tendo feito comentários semelhantes em 2016, 2020 e 2022.

No entanto, nunca houve uma resposta das autoridades federais, pois Kadyrov goza da proteção do Presidente russo, Vladimir Putin, desde que subiu ao poder, coincidindo com o fim da Segunda Guerra da Chechénia.

No entanto, Kadyrov, que governa a Chechénia com 'mão de ferro' e com 'carta-branca' do Governo russo, foi recentemente alvo da desaprovação das autoridades centrais depois de o seu clã ter realizado um ataque armado em Moscovo para se apoderar da empresa de comércio eletrónico Wildberries.

Nos últimos anos, Kadyrov, que também tem um exército próprio e assumiu parte do grupo paramilitar Wagner, distribuiu os cargos públicos entre os membros da sua família, contando principalmente com os seus filhos Aishat e Adam como principais herdeiros políticos.

Aishat, 26 anos, além de empresária, é também vice-presidente do governo da República da Chechénia.

Adam, por sua vez, com 17 anos, é chefe do departamento de segurança da direção da república, bem como secretário do conselho de segurança.

O jovem tornou-se conhecido quando, em 2023, divulgou um vídeo em que espancava um detido por ter queimado o Corão, após o que lhe foi atribuído o título de Herói da República Chechena.

Os meios de comunicação social tentam associar esta mudança geracional à deterioração visível do estado de saúde do atual chefe da república, que durante anos controlou o islamismo radical na região.

Leia Também: Putin defende "acordo justo" entre Irão e EUA sobre questão nuclear

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