Wall Street fecha em baixa frustada sem notícias na guerra comercial

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores frustrados na expectativa de acordos comerciais entre EUA e parceiros, mas convencidos de que a Reserva Federal (Fed) vai manter a taxa de juro de referência.

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Lusa
06/05/2025 23:34 ‧ há 10 horas por Lusa

Economia

Bolsas

Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,95%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,87% e o alargado S&P500 caiu 0,77%.

 

Os investidores "estão dececionados por não existirem novidades sobre possíveis acordos comerciais", comentou Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, em declarações à AFP.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse hoje à CNBC que os EUA tinham sido contactados por 17 Estados, a quem apresentaram propostas comerciais "muitos boas". Mas, por enquanto, não foi alcançado qualquer acordo.  

Donald Trump, também hoje, disse, perante o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, que "adoraria" chegar a um acordo com o Canadá, mas dizendo que não queria viaturas nem aço provenientes do vizinho do Norte.

Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês declarou hoje que os EUA deveriam mudar a sua abordagem "ameaçadora" se quisessem chegar a um acordo, segundo a agência noticiosa Xinhua.

"No início da semana, a praça (bolsista) esperava que fosse anunciado um acordo qualquer, mas até ao momento não aconteceu nada nesse sentido", disse Hogan. Desta forma, Wall Street está sem "catalisador", concluiu.

Entretanto, os investidores não esperam surpresas da reunião da Fed sobre política monetária, iniciada hoje e que termina na quarta-feira.

A grande maioria dos operadores bolsistas espera que a instituição deixe a taxa de juro de referência inalterada, no intervalo entre 4,25% e 4,50%, segundo a síntese das previsões feita pela FedWatch.

"A maior parte dos dirigentes da Fed (...) têm sido muito claros quanto ao facto de quererem esperar e ver quais vão ser os efeitos da nova política" comercial de Donald Trump, apontou Hogan.

"Enquanto não soubermos os que ficam e os que saem, é difícil tomar decisões em termos de política monetária", acrescentou.

Nos indicadores, o défice comercial, que a guerra comercial de Trump visa alegadamente reduzir, registou um novo máximo histórico em março, devido ao crescimento acentuado das importações, para procurar evitar a maior parte das novas taxas alfandegárias.

Em série (face ao mês anterior), o défice agravou-se 14%, para os 140,5 mil milhões de dólares, informou hoje o Departamento do Comércio.

Leia Também: Wall Street em queda à espera da Fed e entre receios de tarifas

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